A avó da primeira-dama Michelle Bolsonaro morreu vítima da Covid-19, nesta quarta-feira (12), no Hospital Regional de Ceilândia, no Distrito Federal. Maria Aparecida Firmo Ferreira, de 80 anos, estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde o dia 3 de julho.
Questionado pelo portal G1, o Palácio do Planalto não havia comentado o falecimento da idosa até a última atualização desta reportagem. Há mais de um mês o governo federal mantém o posicionamento de não se pronunciar sobre o estado de saúde dela.
Segundo informações da rádio BandNews FM, Maria Aparecida deixou a Unidade de Terapia Intensiva do Hospital na última sexta-feira (7), mas seguia internada. Enquanto esteve internada, a avó de Michelle teve de ser intubada por duas vezes. A capacidade pulmonar chegou a ficar 78% comprometida.
Segundo o prontuário médico, adquirido pelo G1, a avó da primeira-dama foi encontrada caída na rua e socorrida por populares. Isso aconteceu no bairro de Ceilândia, onde morava Maria Aparecida. A região é a mais afetada pelo coronavírus no Distrito Federal.
Ao portal Metrópoles, a tia de Michelle e filha de Maria Aparecida, Maria de Fátima Ferreira, afirmou que toda a família está muito abalada. “Deus resolveu levar minha mãezinha, não consigo acreditar. Ela lutou tanto, mostrou tanta força, mas não resistiu”, disse.
Michelle Bolsonaro também foi diagnosticada com Covid-19, assim como o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Churrasquinho
Na noite dessa segunda-feira (10), o presidente Jair Bolsonaro foi comer 1 churrasquinho no Setor Hoteleiro Norte, em Brasília, depois de sair do Palácio do Planalto.
Bolsonaro, que foi cercado por apoiadores, não usava máscara e parou para tirar fotos. No Distrito Federal, por lei, o uso de máscara é obrigatório para permanência e circulação em locais públicos durante a pandemia.
Lei
O presidente Jair Bolsonaro deve usar máscara de proteção em ambientes públicos, sob pena de multa de R$ 2 mil. A decisão da Justiça Federal de Brasília ocorreu após um cidadão ajuizar Ação Popular. Na decisão, o magistrado ressaltou que embora “não exista um consenso na comunidade médico/científica sobre a disseminação de COVID-19 por sujeitos assintomáticos, mostra-se, no mínimo, desrespeitoso o ato de sair em público sem o uso de EPI, colocando em risco a saúde de outras pessoas”. Ainda segundo a decisão, servidores da União devem usar a máscara, sob pena de multa de R$ 20 mil.
No dia 3 de Julho, o presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei que torna obrigatório o uso de máscaras de proteção individual em espaços públicos e privados, mas acessíveis ao público, durante a pandemia de covid-19.
Pelo texto publicado no Diário Oficial, a obrigatoriedade do uso da proteção facial engloba vias públicas e transportes públicos coletivos, como ônibus e metrô, bem como em táxis e carros de aplicativos, ônibus, aeronaves ou embarcações de uso coletivo fretados.
Foto: DANIEL FERREIRA / METRÓPOLES
