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Segundo Guedes, topo do funcionalismo ganha pouco com R$ 39,2 mil Ministro da Economia afirmou que considera 'muito baixos' os valores pagos para funcionários da 'alta' administração.

9 de setembro de 2020, 19h11 | Por Letícia Horsth

by Letícia Horsth

O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu nesta quarta-feira (9) o aumento do teto salarial do funcionalismo público para valorizar a “meritocracia” e tentar reter os bons servidores. Segundo ele, ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e do TCU (Tribunal de Contas da União), por exemplo, precisam ser bem remunerados para se manter nas carreiras.

O ministro declarou que muita gente se preocupa com o teto do funcionalismo — atualmente em R$ 39.293,32 e salário dos ministros do STF — mas ele está preocupado com o contrário.

“O Bruno Dantas (ministro do TCU), em qualquer banco, vai ganhar US$ 4 milhões de dólares por ano. É difícil convencer o Bruno a ficar no TCU porque ele vai receber várias propostas do setor privado”, declarou em seminário promovido pelo IDP (Instituto Brasiliense de Direito Público).

Guedes também disse que é preciso existir uma enorme diferença entre os salários de ministros e dos demais servidores. Segundo ele, se o Brasil continuar no caminho de recuperação econômica e prosperidade será difícil manter gente de qualidade trabalhando na administração pública.

“Tem que haver uma enorme diferença de salários sim. Quantos chegam ao STF ou ao TCU? O secretário do Tesouro ganhava 20% a mais do que um jovem que foi aprovado em um concurso para a carreira jurídica. Não é razoável. Tem que haver uma valorização da meritocracia”, disse Guedes.

Na avaliação do ministro da Economia, o presidente da República, que tem um salário de R$ 30.934,70, deveria receber muito mais. Segundo ele, há uma lógica socialista na remuneração da alta administração público, com valores de salários próximos em relação dos servidores.

“O presidente da República ou um ministro do STF tem que receber muito mais do que recebem hoje. Pela responsabilidade do cargo, pelo peso das atribuições, pelo mérito em chegar a uma posição dessa. E não é nada assim no serviço público brasileiro”, declarou.

Foto: Reprodução/Reuters.

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