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Kalil descarta retorno às aulas presenciais em escolas e colégios de BH Prefeito da capital mineira citou pesquisa em que 74% da população se disse contra a volta das aulas presenciais.

28 de setembro de 2020, 16h25 | Por Letícia Horsth

by Letícia Horsth

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), nesta segunda-feira (28), que está descartada qualquer possibilidade de volta às aulas na cidade. Ele não estipulou nenhum prazo para o retorno, mas garantiu que a cidade já está preparada com as adaptações necessárias para a diminuição do contágio da Covid-19 em todas as unidades da prefeitura.

Kalil explicou ainda, durante entrevista coletiva, que a cassação dos alvarás de escolas e faculdades em Belo Horizonte, determinada pela prefeitura na semana passada, foi uma medida para evitar uma corrida das instituições de ensino aos tribunais, após o anúncio da reabertura do Colégio Militar, que acabou fechado após um dia de aula e se tornou alvo de várias decisões judiciais conflitantes.

Ainda de acordo com o prefeito, pesquisas indicam que os pais não querem a volta das aulas. “Você vai num bar se você quiser, na Feira da Afonso Pena se você quiser. Mas na escola a criança é obrigada a ir”.

O prefeito criticou pessoas que estão levantando o tema para politizar a proibição do retorno das atividades escolares. Depois de ler diversas manchetes de jornais internacionais, que indicam o fechamento das escolas em diversos países depois do aumento do número de casos, Kalil disse: “Quando se fala que abre bares e não abre escola, uma pessoa meramente inteligente, estamos falando em crise endêmica e não educacional. Ninguém prefere filho em parque do que em clubes do que em escolas”, disse.

“Estamos preparados para abrir amanhã. Investimos R$ 14 milhões nas 209 creches e mais todas nossas EMEIs (Escolas Municipais de Educação Infantil). Estão todas preparadas para nosso protocolo”, afirmou o prefeito, depois de descartar qualquer possibilidade de volta às aulas neste momento. “Hoje vim aqui matar um assunto que não pode ser politizado, é um assunto médico. ‘Ah, quer dizer que não vai abrir escola?’ Não. Está provado aqui e no mundo que a escola é um antro de Covid”.

“Não sabemos se volta este ano, vai depender da curva”, informou o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado. Ele destacou ainda que apenas quando a cidade registrar cinco casos de Covid-19 por cem mil habitantes é que as escolas fundamentais e de ensino médio voltarão a ter atividades presenciais. Já para instituições de ensino superior, 50 casos para cada cem mil habitantes.

Na última sexta, segundo dados do Governo de Minas, essa taxa de transmissão por dia estava em 61,2. “A gente tem muita responsabilidade porque sabe que o número de máscaras é limitado e convivência prolongada [em uma escola]. Todos os protocolos sanitários já estão prontos, já foi estudado, já sabemos como vai acontecer, mas só será implantado quando os números permitirem”, complementou.

Foto: Gabriel Rezende/Itatiaia

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