Ainda sobre a crise instalada em torno da politização da vacina contra a Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira (22) que não manda na Anvisa, mas que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária não vai acelerar a aprovação das vacinas que estão sendo produzidas para o imunização do vírus.
“A vacina tem que ser certificada pela Anvisa. Eu não mando na Anvisa. Alguns acham que eu mando na Anvisa. A Anvisa, como as agências todas, é independente. A Anvisa não é subordinada a mim, apesar de quem indicar [o diretor-presidente] para a sabatina no Senado sou eu”, disse Bolsonaro em sua live semanal, desta vez ao lado dos ministros Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia).
Bolsonaro elogiou o diretor-presidente da Anvisa, o contra-almirante da Marinha Antonio Barra Torres, chamando-o de “pessoa bastante equilibrada”.
“O almirante Barra falou também: ‘em aparecendo uma vacina no mundo, ela vindo para cá, primeiro a Saúde, depois a Anvisa que vai dar a certificação’. Agora, ele não vai correr. Não vai ser em 72 horas que ele vai pegar e autorizar aqui a distribuição no Brasil. Afinal de contas, a responsabilidade é enorme”, afirmou Bolsonaro.
“O almirante Barra falou também: ‘em aparecendo uma vacina no mundo, ela vindo para cá, primeiro a Saúde, depois a Anvisa que vai dar a certificação’. Agora, ele não vai correr. Não vai ser em 72 horas que ele vai pegar e autorizar aqui a distribuição no Brasil. Afinal de contas, a responsabilidade é enorme”, afirmou Bolsonaro.
O presidente esvaziou na quarta-feira (21) o acordo anunciado na véspera por seu ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, para a compra de 46 milhões de doses da vacina contra a Covid produzida pela chinesa Sinovac e que será produzida pelo Instituto do Butantan, ligado ao governo paulista. João Doria (PSDB-SP) é virtual adversário de Bolsonaro na eleição de 2022.
Nesta quinta, o diretor-geral do Instituto Butantan, Dimas Covas, acusou a Anvisa de retardar a importação da matéria-prima para produzir a Coronavac, vacina da farmacêutica chinesa Sinovac contra o novo coronavírus.
O Butantan é parceiro da Sinovac nos testes dessa que virou a vacina da discórdia após o presidente Jair Bolsonaro afirmar que o país não comprará o imunizante chinês.
Com informações do Metrópoles.
Foto: REPRODUÇÃO.