Pesquisadores da Fundação Ezequiel Dias começaram a imunizar cavalos para a produção de soro contra o coronavírus. Resultado de uma pesquisa que começou no início do ano, ele será utilizado para enfraquecer a atuação do vírus no organismo.
Em entrevista ao portal G1 em maio, o pesquisador responsável, Sérgio Caldas, explicou que o soro será desenvolvido a partir dos anticorpos produzidos pelos animais que estão sendo inoculados com o vírus Sars-Cov-2 inativado.
“Como o cavalo tem muito sangue, podemos coletar, processar o anticorpo para produzir o soro que vai neutralizar a ação do vírus no organismo”, explicou na época.
A lógica da atuação será semelhante a dos antiofídicos produzidos pela fundação: uma vez que o paciente está infectado, o soro vai agir para atenuar os efeitos da Covid-19.
“É uma imunização passiva, ou seja, não tem memória como tem a vacina. É para tratar o indivíduo, para neutralizar a carga viral imediatamente”, disse na ocasião.
A expectativa do governo é que os lotes-pilotos, com 5 mil ampolas, estejam prontas em janeiro de 2021. O uso do soro será restrito ao ambiente hospitalar a partir de prescrição médica.
Após estudos clínicos para validação da segurança e eficácia do soro será solicitado o registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para a produção de lotes industriais em larga escala.
Fonte: G1.
Foto: Foto: Hércules Ferreira/Divulgação