O presidente Donald Trump se recusou a admitir que foi derrotado pelo democrata Joe Biden nas eleições dos Estados Unidos e disse, em comunicado neste sábado (7 de novembro), que a disputa ainda não terminou.
“Todos nós sabemos por que Joe Biden está se apressando em fingir que é o vencedor e por que seus aliados da mídia estão se esforçando tanto para ajudá-lo: eles não querem que a verdade seja exposta. O simples fato é que esta eleição está longe de terminar”, disse Trump em um comunicado publicado no site de sua campanha.
O presidente americano argumentou que Biden ainda não foi certificado como vencedor em nenhum Estado, “muito menos de nenhum dos Estados altamente contestados para recontagens obrigatórias, ou Estados onde nossa campanha move ações legais válidas e legítimas que poderiam determinar o vencedor final”.
A campanha republicana questiona a legalidade de votos enviados pelo correio, embora essa modalidade seja permita em lei no país, e afirma que observadores do partido não tiveram acesso a locais de votação, sem apresentar, porém, provas de suas acusações.
“Os votos legais decidem quem é o presidente, não a mídia”, afirmou o presidente.
Trump disse que voltará a recorrer à Justiça para questionar os votos pelo correio. “Essa é a única maneira de garantir que o público tenha plena confiança em nossa eleição”, afirmou.
‘Sou o vencedor’
Mais cedo neste sábado, em uma manifestação publicada por volta do meio-dia (horário de Brasília) no Twitter, Trump disse ter ganho as eleições por uma grande margem de votos.
Na rede social, um aviso da plataforma alertava aos usuários que a mensagem havia sido escrita antes de uma definição oficial da disputa.
Após Biden ter alcançado o número suficiente de delegados para vencer a eleição no colégio eleitoral, Trump voltou a fazer as mesmas acusações de seu comunicado pelo Twitter.
Desde o início da apuração, o atual presidente vem fazendo afirmando ser o ganhador, mesmo quando a contagem ainda estava longe de terminar.
Também vem acusando os democratas de fraude, sem evidências, o que gerou críticas até mesmo entre outros republicanos.
O presidente também tentou interromper a contagem de votos em alguns Estados com ações na Justiça, até agora sem sucesso.
Foto:Foto: Reuters / BBC News Brasil