Por G1
O embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Todd Chapman, postou nas redes sociais na noite desta terça-feira (10) uma homenagem ao aniversário do corpo de fuzileiros navais norte-americano. No vídeo, publicado horas após Bolsonaro falar em “pólvora” para defender a Amazônia, Chapmann exaltou o poderio militar dos EUA e a presença dos fuzileiros navais em vários países, inclusive no Brasil.
O aniversário dos fuzileiros navais dos Estados Unidos é comemorado em 10 de novembro. Esta quinta (11) é o feriado comemorativo do Dia dos Veteranos.
Bolsonaro fez a declaração sobre a “pólvora” durante discurso em um evento no Palácio do Planalto sobre turismo.
Sem citar o nome de Joe Biden, Bolsonaro fez referência ao fato de o presidente eleito dos EUA ter dito, em um debate na campanha eleitoral, que o país poderia aplicar sanções econômicas ao Brasil caso a destruição da Floresta Amazônica não fosse contida.
No discurso, Bolsonaro afirmou que uma situação dessas não se resolve só na “saliva”: “Tem que ter pólvora”.
O vídeo em homenagem aos fuzileiros navais não cita o discurso de Bolsonaro. Na postagem, o embaixador escreveu que a atuação do corpo militar permite “construir com segurança uma relação bilateral mais forte com o Brasil”.
O vídeo mostra os fuzileiros navais norte-americanos em locais emblemáticos do Brasil, como o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, e a Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
O embaixador ressaltou que o corpo militar atua na segurança da embaixada norte-americana e dos consulados dos EUA.
A homenagem postada por Chapmann diz que o corpo de fuzileiros navais dos Estados Unidos é o maior do mundo e está sempre pronto para atacar.
“Fundado em 1775, o Corpo de Fuzileiros Navais do Estados Unidos é o maior do mundo. Estão sempre de prontidão para responder de forma rápida, seja por terra, ar ou mar”, diz um trecho do vídeo.
Procurada, a embaixada dos Estados Unidos em Brasília afirmou que é comum aos norte-americanos a homenagem aos fuzileiros. Classificou como “coincidência” o fato de a postagem ter sido feita no mesmo dia do discurso de Bolsonaro.
Foto: Reprodução