Home Política Mourão reconhece, “como indivíduo”, vitória de Biden e nega tensão com EUA

Mourão reconhece, “como indivíduo”, vitória de Biden e nega tensão com EUA O candidato democrata já tem a maioria dos delegados para levar o pleito. Jair Bolsonaro não felicitou o norte-americano.

13 de novembro de 2020, 11h39 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

by Redação ★ Blog do Lindenberg

Por Metrópoles

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou nesta sexta-feira (13/11), em entrevista à Rádio Gaucha ZH, que, “como indivíduo”, reconhece a vitória de Joe Biden, eleito novo presidente dos Estados Unidos.

Mourão afirmou, no entanto, que não responde pelo governo federal. “Como indivíduo eu reconheço, mas temos que olhar que eu não respondo pelo Executivo. Como indivíduo, eu julgo que a vitória do Joe Biden está cada vez mais sendo irreversível”, concluiu.

Anteriormente, o vice-presidente havia dito que não comentaria acerca da eleição norte-americana, porque estava “aguardando terminar esse imbróglio” e que, portanto, o governo federal se manifestaria quando houvesse a recontagem dos votos.

“Esse assunto é uma responsabilidade do presidente da República, como chefe de Estado. O que eu tenho sempre procurado colocar é que as nossas relações com os Estados Unidos são seculares, são relações de Estado para Estado… Independentemente do momento que for reconhecido o resultado da eleição americana, nós vamos manter esse diálogo constante, buscando sempre o benefício mútuo para os dois povos”, disse.

“Saliva e pólvora”

Sobre questões de tensão entre Brasil e Estados Unidos, Mourão afirmou que não vê conflitos. “Não há uma tensão entre as duas nações, acho que talvez essa tensão seja um fogo de palha”.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já reclamou da afirmação de Biden de que cogita levantar barreiras comerciais com o Brasil caso o governo se recuse a “apagar o fogo da Amazônia”. O futuro mandatário americano também levantou a possibilidade de reunir um fundo de US$ 20 bilhões ao Brasil para “parar de destruir” a floresta.

“Como é que nós vamos fazer frente a tudo isso? Apenas pela diplomacia não dá. Depois que acabar a saliva, tem que ter pólvora”, disse Bolsonaro em discurso na terça-feira (10/11).

Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

LEIA TAMBÉM

Envie seu comentário