Por Época
Somente parte das recomendações feitas pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para orientar os advogados de Flávio Bolsonaro a obter as provas que embasassem um pedido de anulação do caso Queiroz foi cumprida.
Das cinco sugestões, duas foram seguidas integralmente e uma parcialmente, ainda que não se possa afirmar que os advogados e o governo o fizeram apenas porque receberam a orientação da Abin.
Apenas duas sugestões foram seguidas integralmente.
Primeiro, a de apresentar um pedido via Lei de Acesso à Informação no Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) para que fosse feita uma apuração especial em busca das provas de que o perfil tributário de Flávio foi acessado indevidamente.
Também foi seguida a sugestão de ajuizar ação penal, com a apresentação da notícia-crime na Procuradoria-Geral da República (PGR).
Outra foi cumprida parcialmente, a de substituição dos servidores da Receita, chamada num dos relatórios de “neutralização da estrutura de apoio”. Christiano Paes foi exonerado a pedido há duas semanas. Os demais servidores não foram exonerados, ao menos ainda.
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Não foi seguida a sugestão de envolver a Controladoria-Geral da União (CGU) para instaurar uma sindicância na Receita e tentar obter os documentos nem a que propunha a judicialização do caso via Advocacia-Geral da União (AGU).
A sugestão de visitar o secretário da Receita, José Tostes Netos, não foi seguida por causa do relatório. A visita da defesa de Flávio a Tostes Neto antecede o relatório.
Foto: Jorge William / Agência O Globo