Por SECGERAL – Governo de Minas
O governador Romeu Zema e o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, se reuniram nesta segunda-feira (14/12), em São José da Barra, no Sudoeste de Minas, com dezenas de prefeitos, parlamentares, representantes da sociedade e lideranças regionais para debater e encontrar uma solução para a situação do nível do reservatório do lago de Furnas e da Bacia Hidrográfica do Entorno da Represa de Furnas.
Na oportunidade, Zema defendeu a cota mínima de 762 metros da represa acima do nível do mar, considerado suficiente para o uso múltiplo da água, atendendo aos municípios banhados pelo lago com a manutenção de atividades econômicas voltadas ao turismo, piscicultura e agropecuária. Atualmente, o nível da represa está em 754 metros.
“Tivemos uma reunião longa, onde todos tiveram a oportunidade de se manifestar, principalmente os prefeitos da região do Lago de Furnas, que são aqueles mais afetados. Conheço muito bem a região e sei o quanto este nível baixo do lago tem custado para estes prefeitos. São várias atividades afetadas. Nos comprometemos a analisar e criar uma solução para que o nível da represa fique no mínimo adequado, que é de 762”, disse o governador.
Zema ressaltou, ainda, a importância de o governo federal atender à demanda energética do país, mas sem que o estado seja prejudicado. O governador ressaltou que deverá ser criado um grupo para discutir a situação periodicamente. Ele também enfatizou a participação dos parlamentares mineiros na busca de uma solução.
“Em algumas regiões não é mais o ‘Mar de Minas’, mas o pântano ou brejo de Minas. A represa tem a sua função econômica rio abaixo, em outras usinas, mas temos que ter alguma compensação aqui. A usina de Furnas, sozinha, não pode ser o grande colchão responsável por receber todas as oscilações que acabam ocorrendo rio abaixo. Que este esforço seja compartilhado. Minas quer contribuir, mas não pode ser isoladamente”, finalizou.
Compromisso
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, ressaltou o compromisso de trabalharem para elevar o nível da represa para 762 metros e que a solução vai partir de um trabalho em conjunto.
“É um compromisso que o presidente Jair Bolsonaro assumiu e é um compromisso do Ministério de Minas e Energia viabilizar isso junto com outros agentes e organizações, com suporte do Congresso Nacional e do Governo do Estado de Minas Gerais. Essa não é a primeira reunião. Vamos melhorar a nossa coordenação, a nossa governança, para que possamos apresentar de forma periódica à sociedade – a cada 60 dias – a evolução dessas ações estruturantes para elevar a cola do Lago de Furnas para 762”, reforçou.
Composição
Após a reunião, as autoridades fizeram uma visita técnica à usina hidrelétrica e à barragem de Furnas. A Bacia Hidrográfica do Entorno da Represa de Furnas é formada por 42 municípios. Possui área de drenagem de 16.562 km² e população estimada em 699 mil habitantes. A represa está localizada entre os municípios de São José da Barra e São João Batista do Glória.
A região é caracterizada pelo seu grande potencial turístico, sendo popularmente conhecida como “Mar de Minas” devido ao reservatório formado pela usina.
O Governo de Minas, por meio do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema), vem acompanhando a situação, inclusive com um grupo de trabalho sobre o tema com a participação de diversas secretarias.
Também participaram da reunião o senador Rodrigo Pacheco; os deputados federais Diego Andrade, Emidinho Madeira e Greyce Elias; os deputados estaduais Cássio Soares, Dalmo Ribeiro e Bartô; os secretários de Estado de Governo, Igor Eto; de Turismo e Cultura, Leônidas de Oliveira, e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marília Melo; a diretora-geral da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), Christianne Dias; o secretário de Energia Elétrica do MME, Rodrigo Limp Nascimento; o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (NOS), Luiz Carlos Ciocchi, e demais autoridades e representantes do governo federal, além de prefeitos e representantes da sociedade civil.
Foto: Pedro Gontijo / Imprensa MG