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Bolsonaro ironiza tortura a Dilma na ditadura: “Traz raio X” Ex-presidente foi presa em janeiro de 1970 em São Paulo, aos 22 anos, e passou quase três anos na cadeia

28 de dezembro de 2020, 14h28 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por Terra

O presidente da República, Jair Bolsonaro, ironizou nesta segunda-feira, 28, a tortura sofrida pela ex-presidente da República Dilma Rousseff no período em que ela foi presa, em 1970, durante a Ditadura Militar. A apoiadores, Bolsonaro chegou a cobrar que lhe mostrassem um raio X da adversária política para provar uma fratura na mandíbula. “Dizem que a Dilma foi torturada e fraturaram a mandíbula dela. Traz o raio X para a gente ver o calo ósseo. Olha que eu não sou médico, mas até hoje estou aguardando o raio X”, afirmou.

Integrante de movimentos armados de esquerda contra a ditadura, a ex-presidente foi presa em janeiro de 1970 em São Paulo, aos 22 anos, e passou quase três anos na cadeia.

Bolsonaro citou também os ex-maridos de Dilma, ambos alvos de críticas irônicas. “O primeiro marido dela, que está vivo, Claudio Galeno, sequestrou um avião e foi para qual País democrático? Cuba. O segundo, que morreu, Carlos Araújo, (…) falou que passou a lua de mel com Dilma Rousseff assaltando caminhões de carga na Baixada Fluminense (risos).”

Antes de falar sobre a ex-presidente, Bolsonaro declarou que o PT sempre falava de práticas de militares, mas não quis investigar a suposta tortura sofrida pelo então prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT), um dos coordenadores da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva, morto em janeiro de 2002. “Quando foi torturado e executado um cara deles, o PT não quis investigar.”

O presidente citou crimes e mortes posteriores e supostamente relacionados à morte de Celso Daniel, inclusive a de Carlos Printes, médico legista que emitiu laudo apontando sinais de tortura no corpo do então prefeito.

Apesar da polêmica sobre o crime, a polícia concluiu que Celso Daniel foi sequestrado e morto por engano.

Bolsonaro, no entanto, afirmou aos apoiadores que o sequestro ocorreu para que o ex-prefeito falasse “onde estava o dossiê das empresas de ônibus que pagavam uma graninha todo mês para a campanha daquele barbudo (Lula), em 2002”, disse.

Foto: Gabriela Biló / Estadão Conteúdo

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