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Com urgência: Presidente Bolsonaro pede que Índia antecipe o envio da vacina de Oxford Imunizante contra a Covid-19 é desenvolvido em parceira com a AstraZeneca. No Brasil, Fiocruz pediu uso emergencial junto à Anvisa

9 de janeiro de 2021, 12h00 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

by Redação ★ Blog do Lindenberg

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) enviou uma carta para o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, pedindo ajuda para que seja antecipada a entrega de um lote de dois milhões de vacinas contra a Covid-19 ao Brasil. O chefe do poder Executivo  escreveu que o objetivo do pedido é permitir a “imediata implementação” do programa brasileiro de imunização.

O imunizante é desenvolvido pela Universidade de Oxford em parceria com a AstraZeneca. O lote a que Bolsonaro se refere  (leia a íntegra ao final desta reportagem) está sendo produzido por um laboratório indiano. Em nota , a Presidência informou que a carta foi enviada “com o intuito de ampliar e agilizar a disponibilização de vacinas confiáveis e eficazes ao Brasil”.

“Para possibilitar a imediata implementação do nosso Programa Nacional de Imunização, muito apreciaria poder contar com os bons ofícios de Vossa Excelência para antecipar o fornecimento ao Brasil, com a possível urgência e sem prejudicar o programa indiano de vacinação, de 2 milhões de doses do imunizante produzido pelo Serum Institute of India”, diz o documento enviado.

Na última sexta, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) solicitou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o uso emergencial do imunizante no Brasil. As duas milhões de doses deverão ser importadas do laboratório Serum. Segundo a Anvisa, o prazo para a análise do pedido de uso emergencial é de dez dias.

Na terça (5/1), o Ministério das Relações Exteriores confirmou que o Brasil irá importar 2 milhões de doses da vacina de Oxford produzidas na Índia. Segundo o governo, a data provável de entrega será a partir de meados do corrente mês de janeiro.

No dia anterior, o Instituto Serum, responsável pela fabricação do imunizante na Índia, informou que o governo do país havia proibido as exportações da vacina, sob o argumento que o imunizante produzido no país seria para assegurar, em primeiro lugar, a vacinação da população indiana.

Depois, porém, na terça, o Instituto Serum prometeu “uma implantação tranquila das vacinas na Índia e no mundo”.

Carta na  íntegra

Senhor primeiro-ministro,

É com grande satisfação que me dirijo a Vossa Excelência para tratar de importante tema que compõe nossa ampla agenda de cooperação.

Informo Vossa Excelência de que o governo brasileiro lançou o Programa Nacional de Imunização contra a Covid-19. Entre as vacinas selecionadas pelo governo brasileiro, encontram-se aquelas da empresa indiana Bharat Biotech Internacional Limited (Covaxin) e da AstraZeneca junto à Universidade de Oxford (Covishield), também produzida pelo Serum Institute of India.

Para possibilitar a imediata implementação do nosso Programa Nacional de Imunização, muito apreciaria poder contar com os bons ofícios de Vossa Excelência para antecipar o fornecimento ao Brasil, com a possível urgência e sem prejudicar o programa indiano de vacinações, de 2 milhões de doses do imunizante produzido pelo Serum Institute of India.

A propósito, com referência à minha carta de 6 de abril de 2020, reitero meus sinceros agradecimentos a Vossa Excelência pela liberação das exportações dos insumos farmacêuticos produzidos na Índia, de extrema relevância para o abastecimento de nosso mercado e para a saúde do povo brasileiro.

Ao expressar minha admiração pessoal pela excelência e alta capacidade produtiva dos laboratórios e institutos indianos, estou convicto da trajetória de amizade e cooperação que caracteriza as relações entre nossos dois países.

Na expectativa de revê-lo em breve, peço que aceite, senhor primeiro-ministro, a expressão da minha mais alta estima e consideração.

Jair Bolsonaro

Presidente da República Federativa do Brasil

 

 

Com Metrópoles

Foto: AFP

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