Home Ciência Oxford e CoronaVac: veja o raio X das duas vacinas analisadas pela Anvisa

Oxford e CoronaVac: veja o raio X das duas vacinas analisadas pela Anvisa Confira as principais dúvidas; o levantamento é do G1.

16 de janeiro de 2021, 19h13 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

by Redação ★ Blog do Lindenberg

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) analisa dois pedidos de uso emergencial de vacinas contra a Covid-19 no Brasil: a CoronaVac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, e a vacina de Oxford, desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca e pela Universidade de Oxford em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Por G1

OXFORD: saiba mais sobre a vacina produzida pela Fiocruz

CORONAVAC: saiba mais sobre a vacina produzida pelo Butantan.

Tipos de vacina

1. Eficácia

2. Segurança

3. Doses aplicadas

4. Efeitos colaterais

5. Disponibilidade de doses

6. Produção no Brasil

8. Armazenamento

9. Status das vacinas no mundo

10. Status na Organização Mundial da Saúde

1. Tipos de vacina

Há quatro tipos de vacinas que são estudadas atualmente para o novo coronavírus: a genética, a viral, a de proteína e a de vírus inativado. Cada uma delas tem uma forma diferente de induzir o sistema imunológico a se proteger da infecção pelo Sars-Cov-2. A CoronaVac usa o vírus inativado e a vacina de Oxford usa o vetor viral.

Vacina CoronaVac

Vacinas inativadas são compostas pelo vírus morto ou por partes dele. Esses vírus não conseguem nos deixar doentes, mas isso é suficiente para gerar uma resposta imune e criar no nosso organismo uma memória de como nos defender contra uma ameaça. A tecnologia é bastante tradicional e foi desenvolvida há cerca de 70 anos.

“São utilizadas técnicas de laboratório que inativam o agente infeccioso, de modo que sua replicação se torne inviável. Mesmo assim, isso produz a reação imunológica desejada”, explica a microbiologista Natalia Pasternak, presidente do Instituto Questão de Ciência.

Vacina de Oxford

O nome da vacina é ChAdOx1. Ela utiliza uma tecnologia conhecida como vetor viral recombinante. Ela é produzida a partir de uma versão enfraquecida de um adenovírus que causa resfriado em chimpanzés – e que não causa doença em humanos. A esse imunizante foi adicionado o material genético usado na produção da proteína “spike” do Sars-CoV-2 (a que ele usa para invadir células), induzindo os anticorpos.

2. Eficácia

Em dezembro, os dados da terceira fase da vacina de Oxford foram publicados na revista científica “The Lancet”. Segundo o estudo, a vacina mostrou eficácia média de 70,4%, com até 90% de eficácia no grupo que tomou a dose menor.

No dia 12 de janeiro, o Instituto Butantan divulgou a eficácia da vacina CoronaVac: 50,38%. A taxa variou em outros países. Dados da Indonésia mostraram uma eficácia de 65,3% para a vacina.

3. Segurança

As duas são seguras e têm capacidade de gerar uma resposta do sistema de defesa. Os estudos foram publicados na revista científica “The Lancet. Veja as publicações: vacina de Oxford e vacina CoronaVac.

4. Doses aplicadas

As duas vacinas usam duas doses.

Entretanto, em dezembro, especialistas britânicos disseram que a vacina de Oxford tem eficácia de 70% com 21 dias após a primeira dose. Isso significa que 7 a cada 10 pessoas vacinadas apenas com a primeira dose da vacina de Oxford ficam protegidas 21 dias depois. Quando a segunda dose é aplicada 12 semanas após a primeira, esse número pode chegar a 100%, diz a AstraZeneca.

Não há estudos sobre o uso de apenas uma dose da vacina CoronaVac. De acordo com o Instituto Butantan, entre a primeira e a segunda dose, deve haver um intervalo entre 14 e 28 dias.

5. Efeitos colaterais

Não foram registrados efeitos adversos graves em nenhuma das duas vacinas. Os efeitos mais comuns foram dor no local da injeção, febre e dor de cabeça de intensidade leve ou moderada.

6. Disponibilidade de doses

Em um primeiro momento, a vacina de Oxford terá 2 milhões de doses, produzidas na Índia pelo Instituto Serum. Já a CoronaVac terá 6 milhões de doses, que foram produzidas pelo laboratório chinês Sinovac.

7. Produção no Brasil

O plano divulgado pelo ministro Eduardo Pazuello prevê 100,4 milhões de doses produzidas pela própria Fiocruz até julho. Mais 110 milhões produzidas também no Brasil de agosto a dezembro. Sobre a CoronaVac, o Ministério da Saúde anunciou a compra de 100 milhões de doses; 46 milhões deverão ser enviadas em quatro entregas até 30 de abril e mais 54 milhões até o fim do ano.

8. Armazenamento

Os dois imunizantes são os considerados “ideais” pelo Ministério da Saúde, já que podem ser armazenados entre 2 e 8ºC. Ou seja, podem ser guardados em geladeira comum.

9. Status das vacinas no mundo

O Reino Unido já começou a imunização com a vacina de Oxford. Índia, Argentina e México liberaram o uso emergencial, mas ainda não começaram a vacinação.

A CoronaVac está sendo aplicada em caráter emergencial na China, Indonésia e Turquia.

10. Status na Organização Mundial da Saúde

As vacinas ainda não foram aprovadas pela OMS, mas a entidade diz que já começou a análise de dados.

 

 

Produção de CoronaVac no Butantan — Foto: Jornal Nacional

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