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“Se Deus quiser vou continuar meu mandato”, diz Bolsonaro Afirmação foi feita a apoiadores no Palácio da Alvorada. Na Câmara, há 61 pedidos de impeachment do presidente

21 de janeiro de 2021, 09h58 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse a apoiadores que “se Deus quiser” vai continuar o mandato até 2022. A afirmação foi feita no fim da tarde dessa quarta-feira (20/1) e ocorre em meio ao acúmulo de pedidos de impeachment apresentados na Câmara dos Deputados.

Os simpatizantes instaram o mandatário a comentar a crise da saúde em Manaus (AM), ao que ele respondeu ter feito o possível.

“Olha, tem o governo federal, os estaduais e municipais. É compartilhado. Nós aqui fazemos tudo o que é possível. Quando é solicitado, nós atendemos”, disse. Em seguida, afirmou haver “uma diferença enorme entre o que acontecia no passado e o que acontece hoje em dia”, em referência ao PT, partido com o qual antagoniza.

“Se Deus quiser vou continuar meu mandato e, em 22, o pessoal [que] escolha. Tem muita gente boa para escolher”, afirmou o presidente. “Espero que os bons se candidatem também [para] não deixar os mesmos vir candidatos.”

Com o recrudescimento da pandemia no Brasil, a pressão nas redes sociais pelo impedimento do presidente aumentou. No domingo (17/1), cerca de 250 pessoas participaram de um ato contra Bolsonaro e pró-vacina na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Na semana passada, partidos de oposição, em ação conjunta, decidiram apresentar um novo pedido de impeachment contra o presidente, por crime de responsabilidade em relação às condições da saúde no Amazonas, especialmente na capital, Manaus. O pedido é assinado por líderes na Câmara do PT, PSB, PT, PCdoB, PDT e Rede, além do líder da Minoria.

Ao justificar as ações do governo na crise pela qual vive Manaus, Bolsonaro disse que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, esteve na capital amazonense e acionou toda a estrutura da Força Aérea Brasileira (FAB) para auxiliar a região.

Os apoiadores concordaram, mas fizeram outros relatos sobre o colapso na rede pública de saúde. “Todo mundo me culpa, tudo sou eu. A gente lamenta, realmente foi triste o que aconteceu lá em Manaus, pessoas morrerem sem oxigênio”, disse.

Ele também se isentou da responsabilidade e afirmou que o governador e o prefeito deveriam ter agido de forma preventiva.

“Fizemos todo o possível, agora quem primeiro tem que tomar providências sobre problemas lá é o governador e o prefeito”, defendeu Bolsonaro. “Não faltaram recursos para todos os estados. Todos.”

O vídeo foi divulgado por um canal no YouTube simpático ao presidente.

Foto: RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES

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