Por Carta Capital
O ex-presidente Lula testou positivo para a Covid-19 no fim de dezembro e cumpriu quarentena em Cuba, onde permaneceu por trinta dias. Ele viajou à ilha no dia 21 para participar das gravações de um documentário produzido e dirigido pelo cineasta norte-americano Oliver Stone.
Lula, a esposa Janja e sete integrantes da comitiva se submeteram a exames para diagnóstico da doença no Brasil, antes da viagem, e na chegada a Havana. O resultado foi positivo para o ex-presidente e para outros membros da equipe.
Segundo a equipe do petista, o ex-ministro da Saúde e deputado federal Alexandre Padilha (SP) acompanhou desde o início a evolução da doença, “em contato direto e diário com os médicos cubanos, que prestaram assistência diuturnamente à toda delegação”.
Na comitiva, o único que precisou de internação foi o escritor Fernando Morais, que se manteve sob cuidados hospitalares por 14 dias, devido a complicações pulmonares.
“Eu e toda minha equipe somos agradecidos à dedicação dos profissionais de saúde e do sistema de saúde pública cubano que estiveram conosco no cuidado diário. Agradeço ao governo de Cuba e a todos que estiveram conosco, de coração. Jamais esqueceremos a solidariedade cubana e o compromisso com a ciência de seus profissionais. Sentimos na pele a importância de um sistema público de saúde que adota um protocolo unificado, inspirado na ciência e nas diretrizes da OMS. E quero estender as minhas saudações a todos os profissionais de saúde que se esforçam para fazer o mesmo aqui no Brasil, apesar da irresponsabilidade do presidente da República e do ministro da Saúde”, diz em nota o ex-presidente Lula.
O petista apresenta “excelente recuperação”, segundo sua equipe, e se diz “preparado pra tomar a vacina”.
“Sigo esperando minha vez na fila, com o braço à disposição para tomar assim que puder. E enquanto todos não se vacinam, vou continuar com máscara, evitando aglomerações e passando muito álcool em gel”.
FOTO: RICARDO STUCKERT