Deputado David Miranda e alguns deputados e deputadas do PSol protocolaram, na tarde dessa terça-feira (26), uma representação ao procurador-geral da República, Augusto Aras, solicitando que o órgão apure a denúncia e responsabilize o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Miranda encaminhou uma ação pedindo que Aras, chefe do Ministério Público Federal, instaure uma investigação para apurar o gasto de R$ 1,8 bilhão do governo federal em alimentos e bebidas no ano de 2020.
O valor, levantado pelo portal Metrópole e registra que o gasto do último ano foi 20% superior em relação a 2019. Entre os alimentos adquiridos, estão R$ 15.641.777,49 em leite condensado, R$ 10.875.477,61 em cogumelo em conserva e R$49.995.971,45 em condimentos.
Segundo registrado, o deputado pede que a investigação precisaria ser aberta devido a “um conjunto de fatores que vai desde a ineficiência do governo federal no enfrentamento das crises ora instaladas, passando pelo aumento do desemprego e cortes de orçamento da agricultura familiar, até as políticas neoliberais e ultra neoliberais fomentadas pelo Ministério da Economia que geram o crescimento da pobreza e da extrema pobreza de forma acelerada.
Ainda, há que se falar do desmonte das políticas de segurança alimentar e nutricional e soberania alimentar. Nesse sentido, esse desmonte vai ao encontro do agravamento das condições de vida da população pobre, que ficou completamente desprovida de assistência, gerando, assim, um quadro de crescimento da pobreza e abandono”, disse Miranda.
O deputado federais Kim Kataguiri (DEM) também entrou com uma representação ontem.
Além deles, o vice-presidente do PDT e ex-ministro da Fazenda, Ciro Gomes, também anunciou que ele e a sigla acionarão o Supremo Tribunal Federal (STF) para que os gastos sejam investigados.
Caro @OCriador, para responder a essa pergunta, ingressamos no STF com uma ação pedindo uma investigação sobre o leite condensado e tudo mais que envolve esses gastos absurdos 🙏 https://t.co/jDOKPyLYyj
— Ciro Gomes (@cirogomes) January 27, 2021
Foto: Reprodução/Facebook: Jair Messias Bolsonaro