O governo de Minas Gerais admitiu, nesta quinta-feira (28), que as conversas com o laboratório chinês Sinopharm, que visavam à produção e a testagem de vacinas contra a COVID-19, ‘não evoluíram da forma desejada’.
Reportagem do jornal Estado de Minas mostrou que a farmacêutica havia firmado um acordo inicial com o Executivo para a produção e testes clínicos dos imunizantes, que naufragou após uma gafe diplomática.
Texto encaminhado pela Secretaria de Estado de Saúde, a empresa deixou de apresentar informações importantes sobre o processo produtivo.
“Durante a pandemia, o tempo de ações e de negociações deve ser o mais rápido possível, desde que não comprometa as questões de segurança. Sem acesso a essas informações e a dados estratégicos, não é possível concluir uma tratativa”, diz trecho do texto.
O Executivo estadual aponta, ainda, a ausência de informações sobre as fases iniciais de produção da vacina.
O memorando de entendimentos assinado pelas partes — em que o jornal teve acesso — mostra o princípio de acordo para cooperação em teste clínicos da terceira fase de produção, transferência de tecnologia e distribuição das doses.
O governo do estado afirma, ainda, estar aberto a negociações com laboratórios e afirma que, para a adequada produção dos imunizantes, além da transferência de tecnologia, seria necessário aprimorar a planta de trabalho da Funed.
Com Estado de Minas
foto: AFP