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Volta do comércio em BH tem pouco movimento, e lojistas lamentam prejuízos Hipercentro estava menos cheio que o normal, e Savassi praticamente deserta; Prefeitura estuda extinguir impostos

1 de fevereiro de 2021, 15h12 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por O Tempo

O primeiro dia de abertura do comércio após três semanas com as portas fechadas foi de lojas vazias e ruas menos movimentadas que o normal nas regiões Centro e Centro-Sul de Belo Horizonte, nesta segunda-feira (1°). Comerciantes reclamam de perdas ocorridas durante a quarentena, torcem para que não tenha uma nova fase de restrições e esperam por ajuda da prefeitura. O município informou que prorrogou a data de pagamento de taxas e avalia extinguir e simplificar alguns dos quase cem tributos cobrados dos empresários.

Cerca de 20 mil pessoas perderam o emprego no comércio da capital mineira desde o início da pandemia, segundo o Sindicato de Lojistas de Belo Horizonte (Sindilojas-BH).

Na esquina da rua Tupinambás com a avenida Afonso Pena, a proprietária de uma loja de roupas, Flávia Silva estava à espera de clientes. “O sentimento é de revolta e, ao mesmo tempo, de esperança. Falo como cidadã e comerciante. A gente percebe que em quase 100% dos casos o comércio não gera aglomeração. Por outro lado, você gera desemprego. Muitas lojas que não tinham fechado, fecharam, como essa aqui do lado que funcionou durante 12 anos”, lamenta.

Foto: Ramon Bittencourt

Na rua Curitiba, a gerente de uma loja de vestuário, Dora Ferraz, descreve como tem sido o cenário no centro da cidade. “A gente espera alcançar as metas e recuperar um pouco do que perdemos. Esperamos também um incentivo da Prefeitura. A gente estava trabalhando pelo WhatsApp, com medo, insegurança, então é torcer para que chegue logo a vacina e acabe com essa situação.

Se no hipercentro as ruas não estavam lotadas, na Savassi o clima era deserto. Raí Pereira, gerente de uma loja na praça Diogo de Vasconcelos, é testemunha da diferença de movimento em relação ao período anterior à pandemia.

“O movimento não é mais o mesmo desde o primeiro fechamento. Minha expectativa é que não feche de novo porque o ano de 2020 as vendas diminuíram, e neste ano começamos com perdas. Acho que a prefeitura deveria ter ajudado os comerciantes antes de fechar. Hoje a praça está muito vazia. Antigamente, neste horário próximo ao almoço o fluxo era bem melhor”, relata Raí.

“A gente tem tentado sobreviver”. Assim a gerente de uma loja de bijuterias, Nathália Barroso, define a situação do comércio na cidade. Ela conta que as vendas online não foram capaz de compensar a queda do movimento na rua Antônio de Albuquerque. “A gente tem outras linhas de venda, mas o tráfego de rua influencia muito no faturamento e é difícil sobreviver nessa incógnita, se abre ou fecha, e com o medo que as pessoas têm de sair de casa”, conta.

Como forma de socorrer os comerciantes, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) adorou algumas medidas. Foram prorrogadas as parcelas de abril a dezembro do IPTU/2020 e as taxas imobiliárias que tinham vencimento em 10 e 20 de maio de 2020, para as empresas que tiveram suspensos os seus Alvarás de Localização e Funcionamento. As datas dos vencimentos dos tributos foram prorrogadas para 30 de dezembro de 2021. Os tributos poderão ser pagos em até seis vezes, até o fim de maio de 2022.

A prefeitura disse ainda que está reavaliando quase uma centena de taxas e preços públicos cobrados na capital nas áreas ambiental, de assistência social, política urbana, parques, jardins e cemitérios. Com esse estudo, a Prefeitura tem o objetivo de simplificar e extinguir algumas dessas cobranças. O resultado desse estudo com a reavaliação das taxas e preços públicos será divulgado na segunda quinzena de fevereiro, segundo o Executivo municipal.

O Sindilojas informou que negocia um aditivo à convenção coletiva de trabalho para ajudar os empresários, como prorrogação da data de pagamento de salários.

Foto: Ramon Bittencourt

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