O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira, tem avaliado a condução da política externa nas mãos do chanceler Ernesto Araújo. Ha insegurança no comprometimento a imagem do país no exterior.
Em entrevista ao Valor Econômico, Nogueira diz que o comando das Releções Exteriores deveria ser modificado.
“Estou falando como senador, não como governo. Eu acho que deveria ser modificado. Não tenho nem dúvida. Se isso acontecer [mudança no Itamaraty], a Bolsa sobe 30%”, afirmou o senador.
“Quem muda ministro é o presidente, quem sou eu pra dizer que tem que mudar isso ou aquilo. Mas a condução tem que mudar, a condução do Itamaraty hoje prejudica o país. Ou o ministro muda, ou muda a condução. Mas é opinião minha, jamais vou chegar para o presidente e lhe dizer que tem que mudar ministro”, acrescentou.
Na entrevista, o parlamentar disse ainda que o impeachment do presidente Jair Bolsonaro não foi discutido seriamente no Congresso.
“Essa ameaça nunca aconteceu aqui. Nunca foi levada com seriedade. Quem faz o impeachment não é o presidente da Câmara. Se tiver caos social, milhões de pessoas nas ruas, têm que ter impeachment, está certo. É o caso da Dilma. E também tem que ter a questão da popularidade.
Um presidente com 30% ou 40% de popularidade não vai ter [impeachment] nunca”, aponta.
“Menos de 10% de popularidade, que foi o caso da Dilma. Aí estará o caos. O que vai provocar o impeachment é o sentimento da população, que é o grande vetor”.
Reforma ministerial
O blog mostrou alguns dias que o presidente Jair Bolsonaro deve contemplar o Centrão numa reforma ministerial pontual que está pra acontecer logo, ja que a eleição das presidências da Câmara e do Senado saiu como planejado.
Segundo auxiliares do presidente, já estaria decidido que o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, deixará o comando da pasta. A ideia é que o ministério fique com alguém do partido Republicanos.
Nos últimos dias tem ganhado força em Brasília a recriação do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), que foi extinta no governo Bolsonaro como ministério e ficou no Ministério da Economia. Neste caso, seria uma forma de acomodar alguém do PP.
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil