O secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, apontou durante entrevista coletiva, concedida nesta quinta (11), na Cidade Administrativa, que em abril deste ano, a maior parte da população idosa do estado deve ter sido vacinada, considerando a possibilidade do mês ser um marco no combate ao novo coronavírus em Minas.
Segundo ele, os primeiros efeitos da vacinação devem impactar na redução de internações em UTI, resultado previsto também para abril.
“Se tudo correr bem, em março e abril, já teremos todas as doses para esses grupos prioritários”, projetou.
O secretário acredita que os primeiros efeitos da vacinação poderão ser percebidos na redução no número de internações em UTI decorrentes de complicações da Coovid-19.
“O que esperamos, do ponto de vista de ocupação da terapia intensiva, que é marcador do Minas Consciente, é, à medida que tivermos grupos prioritários ( acima de 60 anos vacinados já com a segunda dose), imunizados, podemos sim ter uma redução na taxa de ocupação”, disse.
Carlos Eduardo pontuou também que levará um tempo para que a vacinação possa produzir efeito na redução de transmissão da doença.
“Falar sobre redução significativa no número de transmissão, número de casos, vamos precisar de um número maior de vacinados”, disse.
Minas Gerais recebeu, até o momento, 1.171.180 doses de vacina contra a Covid-19. O primeiro lote, com 577.480 doses da Coronavac, chegou no dia 18 de janeiro. Nos dias 24 e 25 do mês passado, 190.500 doses da vacina da AstraZeneca e 87.600 da Coronavac foram entregues ao Estado.
A última remessa, com 315.600 imunizantes do Instituto Butantan, chegou no último domingo (7) e será utilizada para a vacinação de pessoas com idade a partir de 90 anos e mais 6% dos trabalhadores de saúde, totalizando 73% desse público. Segundo o secretário, até sexta-feira (12), todos os municípios devem receber as novas doses.
Os imunizantes disponíveis até o momento são suficientes para imunizar em torno de 680 mil pessoas. Até esta quinta-feira, 354.787 pessoas receberam a primeira dose da vacina.
“Eu acho que não estamos atrasados. É importante lembrarmos que o vacinômetro é um consolidado das informações que vêm dos municípios. Naturalmente, pode ter muita gente que já foi vacinada, mas o município não consolidou ainda no nosso banco de dados”, disse Amaral.
O secretário de Estado voltou a afirmar que Minas Gerais vai contar com o programa nacional de imunização para a aquisição de vacinas contra a Covid-19:
“O Ministério da Saúde já foi muito claro em falar que toda e qualquer vacina que estiver disponível no Brasil, habilitada e autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), será adquirida. Não há razão para não acreditarmos nisso, o Ministério da Saúde tem recurso e infraestrutura”, concluiu Amaral.
Com G1
Foto: Domingos Peixoto