A partir desta quinta-feira (4), as medidas de restrição determinadas pelo governo de Minas Gerais anunciada ontem, com fechamento do comércio não essencial, toque de recolher das 20h às 5h e restrição de circulação de pessoas em duas regiões do estado que estão prestes entrar em colapso no sistema de saúde por causa do aumento das internações por Covid-19, já estão valendo.
O governador Romeu Zema (Novo) determinou na quarta-feira (3) o que havia anunciado um dia antes, através de sua equipe de saúde da possibilidade sendo agora criado um novo estágio no programa Minas Consciente.
Segundo o governo mineiro, a onda roxa endurece mais as medidas de combate ao novo coronavírus em parte de Minas Gerais.
Por enquanto, Triângulo Norte e Noroeste passarão a ser regidas por um pacote de ações que inclui toque de recolher entre a noite e o início da manhã e a restrição à circulação de pessoas em vias públicas, entre outros.
No Triângulo Norte, por exemplo, estão os municípios como Uberlândia, Monte Carmelo, Araguari e Patrocínio. No Noroeste ficam, Patos de Minas e Unaí.
A circulação de pessoas e veículos nas localidades fica limitada a serviços essenciais. Entre 20h e 5h, haverá toque de recolher. Pessoas sem máscara não poderão frequentar espaços públicos ou de uso coletivo.
Quem estiver com sintomas de gripe também não pode circular nas ruas, a não ser em caso de deslocamentos para consultas ou exames médicos.
A onda roxa do Minas Consciente
- Toque de recolher das 20h às 5h
- Circulação de veículos e pessoas limitada a serviços essenciais
- Indivíduos sem máscara estão proibidos de frequentar espaços públicos ou de uso coletivo – ainda que de natureza privada
- Indivíduos com sintomas de gripe só podem sair de casa para consultas médicas ou exames
- Reuniões presenciais vetadas – inclusive festas familiares de parentes que não vivem no mesmo imóvel
- Eventos públicos e privados com potencial de aglomeração vetados
- Serviços essenciais mantidos, mas bares e restaurantes só podem atender via delivery
- Barreiras sanitárias nos limites municipais
- Suspensão das cirurgias eletivas
- Auxílio das forças de segurança para o cumprimento das medidas
Regiões em observação
Triângulo Sul, Norte e parte da Região Sul, que estão em vermelho, ficam em observação e podem passar para o nível roxo.
A nova onda não é opcional. Antes, os prefeitos poderiam escolher se o município iria seguir ou não o Minas Consciente.
Agora, a adoção dos protocolos é obrigatória.
Cidades de outras regiões que sentirem dificuldades de suportar a demanda por atendimentos hospitalares para a COVID-19 podem aderir, individualmente, à onda roxa.
A ideia é que os novos protocolos vigorem por 15 dias.
“Para nós, essas medidas são extremamente importantes para que tenhamos a capacidade de restabelecer a rede assistencial na região. Assim que for restabelecida, voltamos ao protocolo do Minas Consciente normalmente”, disse o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral.
A inclusão de localidades na onda roxa vai ser norteada por dados como o índice de distanciamento social, as taxas de ocupação de leitos e de incidência da doença, além do número de mortes.
Veja abaixo as medidas impostas pela “onda roxa”:
- Funcionamento apenas do serviço essencial
- Suspensão de cirurgias eletivas
- Restrição de circulação de pessoas (só poderão sair de casa para atividades essenciais)
- Toque de recolher das 20h às 5h e aos finais de semana
- Proibição de pessoas sem máscara em qualquer espaço público ou de uso coletivo, ainda que privado
- Proibição de circulação de pessoas com sintomas de gripe, a menos que estejam indo para consulta médica
- Proibição de eventos públicos ou privados
- Proibição de reuniões presenciais, inclusive entre parentes que não morem na mesma casa
- Implantação de barreiras sanitárias de vigilância
- Fechamento de bares e restaurantes (funcionamento apenas por delivery)
São considerados serviços essenciais em Minas:
- Alimentos, Agropecuária e Agroindústria (excluídos bares e restaurantes);
- Serviços de Saúde (atendimento, indústrias, veterinárias, etc);
- Bancos e seguros;
- Transporte público;
- Energia, gás, petróleo, combustíveis e derivados;
- Manutenção de equipamentos e veículos;
- Construção civil;
- Indústrias (apenas da cadeia de Atividades Essenciais);
- Lavanderias;
- Imprensa;
- Serviços de TI, dados, imprensa e comunicação;
- Serviços de interesse público (água, esgoto, funerário, correios etc.).
Foto: Pedro Gontijo/Agência Minas