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Bia Kicis leva vantagem na CCJ e definição fica para terça-feira (9) com entrada de uma determinação da Câmara Mesa Diretora da Câmara colocou que só poderá haver candidaturas avulsas na presidência de comissões se forem do mesmo partido do parlamentar indicado inicialmente ao cargo; com acordo fechado no PSL, regra dá vantagem à bolsonarista.

5 de março de 2021, 16h45 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

by Redação ★ Blog do Lindenberg

A Câmara adiou para a terça-feira a definição das presidências das comissões, em razão da falta de acordo entre os líderes.

Para chegar ao comando da Comissão de Constituição, Cidadania e Justiça (CCJ), Bia Kicis (PSL-DF) fez uma longa peregrinação a gabinetes na semana para se apresentar como deputada moderada, prometendo ouvir, igualmente, base governista e oposição, no plenário da comissão mais importante da Câmara. Nos bastidores, congressistas questionam a decisão da Mesa, ou tentam contorná-la.

O blog apurou que a deputada tem conseguido apoio interno, apesar das resistência ao seu nome, e deve ser confirmada pelos seus pares para comandar a CCJ na terça-feira (9).

A resolução da Mesa Diretora da Casa que deu à deputada grande vantagem na corrida pelo comando da Comissão tem desgastado o objetivo.

De acordo com o entendimento do colegiado, só poderá haver candidaturas avulsas para membros do mesmo partido do parlamentar indicado inicialmente.

Como as duas alas do PSL, a bolsonarista e a fiel à legenda, têm acordo firmado que levou o presidente da sigla ao cargo de 1º secretário, será difícil que o próprio partido imploda o combinado na já delicada harmonia interna.

A deputada Fernanda Melchionna (PSol-RS) entrou com uma ação popular contra a nomeação de Bia Kicis. Na ação impetrada na Justiça Federal, no último dia (3), a deputada opositora falou que Kicis é defensora de temas que afrontam diretamente o estado democrático de Direito, o pluralismo político, os direitos e liberdades fundamentais, já tendo defendido em plenário pautas como a intervenção militar, o que, segundo a deputada, “colocaria em alto risco o exercício das funções de partidos de vertentes políticas diferentes das dela”.

“Bia Kicis é um perigo para o país: propagadora de mentiras, aliada do vírus, inimiga das liberdades democráticas e do povo, aliada de primeira hora do genocida que ocupa a Presidência da República. Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para impedir que ela assuma a presidência da comissão mais importante da Câmara dos Deputados”, enfatizou a parlamentar, que pretende se candidatar ao cargo também.

Outros candidatos

Nome que surgiu também é o do Delegado Waldir (PSL-GO), que não deve ser designado ao colegiado justamente por ser adversário de Kicis. Os bastidores revelam que o parlamentar busca uma indicação entre os partidos de oposição para conseguir ingressar na CCJ e disputar a vaga da colega de legenda. A manobra, porém, é muito difícil de ser executada.

Parlamentares contrários à nomeação de Kicis, mas que pertencem ao bloco do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), veem a resolução da Mesa como uma questão contornável e apontam Lafayette de Andrada (Republicanos-MG) como um nome mais palatável.

Com Agência
Foto: CLEIA VIANA/CÂMARA DOS DEPUTADOS

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