O presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Marcelo Queiroga de 55 anos será o novo Ministro da Saúde e o quarto no governo de Jair Bolsonaro (sem partido). Nome foi confirmado nesta segunda-feira (15) em substituição do general Eduardo Pazuello.
O nome de Queiroga estava sendo ventilado com uma das possibilidades, como adiantou o blog. No fim de semana, ele disse á imprensa que ouviu seu nome cogitado para o para o cargo e disse : “o presidente conhece o meu trabalho”.
Em sua primeira entrevista após ser anunciado pelo Governo Federal como novo ministro da Saúde, Queiroga afirmou à CNN, na noite desta segunda-feira (15), que lockdown só deve ser aplicado em “situações extremas” e “não pode ser política de governo”.
“Esse termo de lockdown decorre de situações extremas. São situações extremas em que se aplica. Não pode ser política de governo fazer lockdown. Tem outros aspectos da economia para serem olhados”, afirmou Queiroga em conversa por telefone.
Segundo ele, é preciso “assegurar que atividade econômica continue, porque a gente precisa gerar emprego e renda. Quanto mais eficiente forem as políticas sanitárias, mais rápido vai haver uma retomada da economia.”
O cardiologista avaliou que as vacinas adquiridas por Eduardo Pazuello devem garantir um programa de vacinação “amplo” e ressaltou que, na conversa que tiveram mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pediu que questões operacionais sejam expostas de forma clara.
“O presidente quer que questões operacionais sejam colocadas de maneira clara, de tal sorte que o conceito de que o Brasil sabe vacinar se repita, e a gente consiga vacinar a população, que é a maneira mais eficiente de prevenir a doença”, declarou.
Queiroga defendeu que é preciso ampliar o diálogo com estados, municípios e diversos atores da sociedade para vencer o novo coronavírus. “Ou seja, criar uma grande união nacional, com um propósito de vencer a pandemia”, disse o cardiologista paraibano.
Tratamento precoce
Indagado sobre a defesa de tratamento precoce para Covid-19 por Bolsonaro, Queiroga defendeu que “é algo que precisa ser analisado para que a gente consiga chegar a um ponto comum que permita contextualizar essa questão no âmbito da evidência científica e da ciência”.
“Isso é uma questão médica. O que é tratamento precoce? No caso da Covid-19, a gente não tem um tratamento específico. Existem determinadas medicações que são usadas, cuja evidência científica não está comprovada, mas, mesmo assim, médicos têm autonomia para prescrever”, ponderou.
Com CNN
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado