Pouco antes do encerramento da reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nesta quarta-feira (17) o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) fez críticas à condução da crise sanitária e afirmou que o presidente Jair Bolsonaro é um “genocida”. Ele também reclamou da postura da presidente do colegiado, que não teria dado espaço para alguns membros se manifestarem.
“Esse presidente é um genocida. Porque todos os atos que ele cometeu foram atos de matar pessoas”, afirmou Teixeira. “Tem vacina e ele não comprou, tem máscaras e ele não adotou. Todos recomendavam que não houvesse aglomeração, ele promoveu. Quem o defende comunga dos seus atos e palavras. Ele [Bolsonaro] tem que ser julgado”, acrescentou.
A fala provocou reação dos deputados bolsonaristas Alê Silva (PSL-MG) e Carlos Jordy (PSL-RJ), que chamaram o petista de “vagabundo”.
O deputado bolsonarista Carlos Jordy (PSL-RJ) interrompeu o petista. “Se ele é genocida, você é um vagabundo”, disse. Outra apoiadora do mandatário do país, a parlamentar Alê Silva (PSL-MG) endossou a fala do colega e gritou que Teixeira era um “vagabundo”. Logo, os microfones foram cortados e a sessão, encerrada.
Na sessão tumultuada na CCJ com troca de ofensas entre bolsonaristas e petistas, boa parte dos trabalhos foi conduzida sem máscara, a presidente do colegiado, Bia Kicis (PSL-DF) estava entre os integrantes que deixam o exemplo de lado ou esquecem de usá-lo. A sessão na CCJ de hoje, encerada entre gritos de “genocida” e “vagabundo”, analisava um recurso do deputado federal Emerson Miguel Petriv, conhecido como Boca Aberta (Pros-PR), que foi suspenso por seis meses pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa.
Foto: TV Câmara/Reprodução