Home Política Major Olímpio, líder do PSL no Senado, morre por complicações da Covid-19 em São Paulo.

Major Olímpio, líder do PSL no Senado, morre por complicações da Covid-19 em São Paulo. Presidente Bolsonaro cancela ato simbólico no Congresso após comunicado da família do parlamentar.

18 de março de 2021, 18h16 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

by Redação ★ Blog do Lindenberg

A morte cerebral do senador Major Olimpio (PSL-SP) , de 58 anos, foi confirmada pelos médicos nesta quinta-feira (18) após complicações da  Covid-19. Ele estava internado no hospital São Camilo, em São Paulo desde o dia 2 de março para o tratamento da doença. A informação foi divulgada pela família nas redes sociais do senador.

“Com muita dor no coração, comunicamos a morte cerebral do grande pai, irmão e amigo, Senador Major Olimpio. Por lei a família terá que aguardar 12 horas para confirmar o óbito e está verificando quais órgãos serão doados. Obrigado por tudo que fez por nós, pelo nosso Brasil”, diz a conta do parlamentar no Twitter.

Diagnosticado com o vírus no dia 2 de março, o líder do PSL no Senado foi intubado duas vezes, uma no dia 6 de março, da qual se recuperou e foi intubado no dia 9, e a segunda no dia 10. 

A infecção pelo novo coronavírus pode ter acontecido em uma visita ao Congresso Nacional com o objetivo de pedir verbas para emendas parlamentares.

Um dia depois do anúncio do diagnóstico, no dia 3 de março, Major Olimpio participou de uma sessão do Senado diretamente de um leitor hospitalar. Na ocasião, ele apresentava respiração ofegante e teve queda no sinal de transmissão, o que o impossibilitou de concluir um discurso.

Com a morte dele, o número de senadores vítimas fatais pelo novo coronavírus subiu para três. Antes de Major Olímpio, os senadores Arolde de Oliveira (PSD-RJ), 83, em outubro de 2020, e José Maranhão (MDB-PB), 87, no início de fevereiro, morreram em decorrência do vírus.

Perfil

Natural de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, Olimpio completaria 59 anos em 20 de março. Foi deputado federal por um mandato e deputado estadual em São Paulo por dois mandatos. Antes de se dedicar à carreira política, Olímpio serviu como policial militar no estado de São Paulo por 29 anos.

O senador deixa esposa e dois filhos. Antes de ingressar no PSL, em março de 2018, o senador já havia passado pelo Partido Verde, PDT e Solidariedade.

Além de bacharel em ciências jurídicas e sociais, titulação obtida ao concluir da Academia do Barro Branco da Polícia Militar, exerceu as profissões de jornalista, professor de educação física e de técnica em defesa pessoal, e também foi instrutor de tiro.

Por causa da morte do senador do Major Olimpio, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cancelou um ato simbólico para entregar pessoalmente ao Congresso Nacional duas MPs (Medidas Provisórias) do auxílio emergencial. A decisão foi tomada logo após anúncio da morte do parlamentar.

De acordo com a Secretaria Especial de Comunicação Social, as MPs serão encaminhadas ainda nesta quinta por vias administrativas.

O  sucessor de Olimpio será Alexandre Luiz Giordano. Caso aceite o posto o segundo suplente, passa a ser o primeiro a partir de agora, que é o ministro da Ciência e Tecnologia do governo Bolsonaro, o ex-astronauta Marcos Pontes.

Major Olimpio e os dois suplentes eleitos com ele, Alexandre Giordano (à esquerda) e Marcos Pontes (à direita) | Foto: Reprodução/Facebook

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Giordano tem 48 anos, se identificou como empresário e se elegeu filiado, assim como Olimpio, ao Partido Social Liberal (PSL), legenda que o presidente Bolsonaro cogita em voltar.

Relação com o governo

Major Olímpio que chegou a ser candidato à presidência do Senado, tornou-se crítico do governo federal. O parlamentar ganhou notoriedade como um dos principais aliados de Jair Bolsonaro, bem antes da campanha presidencial de 2018. Mas em maio do ano passado, ele rompeu com o presidente da República.

Foto: Ailton de Freitas / Agência O Globo

Foto: Reprodução

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