Home Política Lei de acesso gratuito de estudantes e professores da rede pública a internet é vetada integralmente pelo presidente Jair Bolsonaro

Lei de acesso gratuito de estudantes e professores da rede pública a internet é vetada integralmente pelo presidente Jair Bolsonaro Justificativa é que 'medida dificulta o cumprimento da meta fiscal e da Regra de Ouro'. Veto total foi publicado no DOU desta sexta-feira (19).

19 de março de 2021, 08h50 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vetou integralmente o projeto que buscava assegurar internet grátis a alunos e professores da educação na rede básica. O veto total foi publicado na edição desta sexta-feira (19) do “Diário Oficial da União” (DOU).

O Projeto de Lei (PL) 3.477/20 aprovado em fevereiro pelo Senado, define que o governo federal destine R$ 3,5 bilhões para estados e municípios aplicarem em ações para a garantia do acesso à internet, em decorrência da pandemia da Covid-19. A matéria havia sido aprovada na Câmara dos Deputados em dezembro.

O repasse da União previsto no texto seria para que os gestores locais adotem as medidas necessárias, incluindo a compra de planos de internet móvel para alunos e professores.

Além da internet, a proposta prevê a aquisição de tablets para todos os estudantes do ensino médio da rede pública vinculados ao CadÚnico, tomando como referência o preço de R$ 520,00 por equipamento.

Pelo texto, os recursos iriam beneficiar:

  • alunos das redes públicas de estados e municípios cujas famílias estejam inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico);
  • estudantes matriculados nas escolas das comunidades indígenas e quilombolas;
  • professores da educação básica das redes públicas de ensino dos estados e municípios.

A matéria também previa que os recursos deveriam ser usados para a contratação de internet móvel, a fim de permitir que alunos e professores acompanhem atividades pedagógicas não presenciais.

A prioridade era para alunos do ensino médio, do ensino fundamental, professores do ensino médio e professores do ensino fundamental, nessa ordem.

O presidente justificou que a “medida encontra óbice jurídico por não apresentar a estimativa do respectivo impacto orçamentário e financeiro, e aumenta a alta rigidez do orçamento, o que dificulta o cumprimento da meta fiscal e da Regra de Ouro”.

Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo

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