O presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), elevou em 170% o limite de despesas médicas de deputados na rede privada. O valor que pode ser reembolsado com dinheiro público passou de R$ 50 mil para R$ 135,4 mil. Pelas regras internas, gastos acima disso também podem ser devolvidos ao parlamentar, mas apenas após aval da Mesa Diretora da Casa.
Veja que o “centrão”, comandado por Lira que agora apoia o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), consegue uma aprovação, desse limite de despesas médicas de deputados na rede privada bem no momento em que a rede pública de saúde do Brasil registra em várias cidades a falta de leitos e de medicamentos para atender pacientes da covid-19.
O valor que pode ser reembolsado com dinheiro público passou de R$ 50 mil para R$ 135,4 mil. Pelas regras internas, gastos acima disso também podem ser devolvidos ao parlamentar, mas apenas após aval da Mesa Diretora da Câmara.
O reembolso, porém, não é a única forma de os deputados terem despesas médicas pagas pelos cofres públicos. Os parlamentares têm direito a um plano de saúde, ligado à Caixa Econômica, que permite o atendimento em hospitais privados.
O valor pago para aderir ao benefício é de R$ 630 mensais, além de uma quota-participação de 25% sobre cada gasto realizado, segundo tabela adotada pelo convênio. O salário de um deputado é de R$ 33,7 mil.
Com Estadão Conteúdo
Foto: NAJARA ARAUJO/CÂMARA DOS DEPUTADOS