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Pastor Valdemiro cita Kalil em culto lotado: ‘Quem enfrenta Deus é louco’ Número de presentes ultrapassava a determinação de 25% imposta pelo ministro do STF Kassio Nunes Marques

5 de abril de 2021, 06h03 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Após a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Kassio Nunes Marques, que autorizou a realização de cultos presenciais em todo o país, a Igreja Mundial do Poder de Deus recebeu fiéis em sua sede nacional, no bairro do Brás, em São Paulo, neste domingo (4).
Na transmissão online dos cultos, realizados às 7h e às 10h, é possível ver o público desrespeitando as regras de distanciamento social impostas pelo STF e ultrapassando a capacidade máxima de 25% da lotação total.

“Foi determinado por um ministro que as igrejas voltassem a ministrar culto. Mas o mérito não é do ministro, é de Deus”, disse o pastor Valdemiro Santiago, logo no início da cerimônia. Entre aplausos dos presentes, ele ainda criticou as medidas de Alexandre Kalil (PSD), prefeito de Belo Horizonte, que recorre da decisão e se opõe à realização de cultos e missas presenciais.

“Todo mundo que deseja enfrentar Deus é louco. Porque isso foi ordem de Deus”, comentou Santiago. Pela transmissão, era possível ver que, apesar de a maioria usar máscara facial, o número de presentes ultrapassava a determinação de 25% imposta pelo próprio ministro do Supremo para que as cerimônias fossem realizadas neste domingo de páscoa (as imagens mostram duas a cada três cadeiras reservadas, e alguns fiéis sentados lado a lado mais ao fundo).

Conselho de Igrejas pede que fiéis fiquem em casa

Em nota, o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic) se opôs aos cultos e missas presenciais, mesmo durante o feriado.

“O Conic orienta que, mesmo neste período de Páscoa, o ideal é que as pessoas fiquem em casa. A celebração da Páscoa é algo muito importante para nós, cristãos. Mas é fato que vivemos tempos difíceis. Tempos atípicos. Neste sentido, a ida a um culto ou missa pode ser uma oportunidade a mais de se expor ao vírus”, afirma o texto.

Já a Aliança de Batistas do Brasil afirmou que segue as orientações da Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE) para que os cultos não fossem realizados de forma presencial.

“Entendemos que o templo somos nós. Em todo e qualquer tempo, sempre estaremos a favor da vida”, informou.

Procurada, a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) disse respeitar as decisões governamentais e frisou que a determinação sobre o funcionamento das igrejas católicas cabia às Arquidioceses.

A reportagem tentou contato com a Igreja Mundial do Poder de Deus, mas não obteve retorno até esta publicação.

Por Estadão Conteúdo

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