Por Metrópoles. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou a apoiadores, na manhã desta quarta-feira (14/4), no Palácio da Alvorada, que o Brasil é um “barril de pólvora”. E prosseguiu: “Estamos na iminência de ter um problema sério no Brasil”. O mandatário da República fazia menção ao Supremo Tribunal Federal (STF).
“Agora, eu não quero aqui brigar com ninguém, mas estamos na iminência de ter um problema sério no Brasil. O que que vai nascer disso tudo? Onde vamos chegar? Parece que é um barril de pólvora que está aí”, disse Bolsonaro ao comentar o pedido da ministra Cármen Lúcia para que o STF julgue notícia-crime contra o chefe do Executivo nacional.
Segundo o titular do Planalto, há “gente, de paletó e gravata, que não quer enxergar” a situação brasileira. “Acha que a vida é o serviço dele, em casa, ou home office, paletó e gravata com dinheiro na conta no fim do mês, e o povo que se exploda”, apontou.
“Agora, eu não quero aqui brigar com ninguém, mas estamos na iminência de ter um problema sério no Brasil. O que que vai nascer disso tudo? Onde vamos chegar? Parece que é um barril de pólvora que está aí”, disse Bolsonaro ao comentar o pedido da ministra Cármen Lúcia para que o STF julgue notícia-crime contra o chefe do Executivo nacional.
Segundo o titular do Planalto, há “gente, de paletó e gravata, que não quer enxergar” a situação brasileira. “Acha que a vida é o serviço dele, em casa, ou home office, paletó e gravata com dinheiro na conta no fim do mês, e o povo que se exploda”, apontou.
“Eu não estou ameaçando ninguém, mas estou achando que brevemente teremos um problema sério no Brasil. Dá tempo de mudar ainda. É só parar de usar menos a caneta e um pouco mais o coração”, continuou Bolsonaro.
Bolsonaro continuou a apontar, sem provas, motivos para que a CPI da Covid investigue, também, gestores dos estados e municípios. “Nós temos atualmente mais de 100 mandados da Polícia Federal em cima desse pessoal, mais de 100 mandados de busca e apreensão e prisões preventivas. Aí quer me investigar pô?”, questionou Bolsonaro.
“Por que o Barroso não determina que se investiga os colegas do Supremo já que tem processo de impeachment em cima dele? Por que só pra cima de mim? Que Supremo é esse? Não quero falar ‘o Supremo’, que ministro é esse? […] É uma interferência, sim, desse ministro junto ao Senado”, concluiu.
CPI da Covid
Nesta quarta, o STF julga o mandado de segurança autorizado pelo ministro Luís Roberto Barroso que obriga o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), a instalar a CPI da Covid-19. O pedido liminar foi deferido por Barroso na última quinta-feira (8/4). O autor da ação é o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).
O presidente tem se mostrado extremamente irritado com a determinação do ministro Luís Roberto Barroso, que instaurou a CPI da Covid, que tem como alvo a atuação do governo de Jair Bolsonaro no combate à pandemia.
“Esse pessoal, amigos do Supremo Tribunal Federal: daqui a pouco, vamos ter uma crise enorme aqui. Eu vi que um ministro lá despachou um processo pra me julgar por genocídio. Olha, quem fechou tudo, quem tá com a política na mão não sou eu”, continuou o desabafo aos apoiadores.
Na terça-feira (13/4), em outra investida contra Bolsonaro, a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou ao presidente da Corte, ministro Luiz Fux, pedido para colocar em pauta notícia-crime que acusa o mandatário do país, Jair Bolsonaro (sem partido), de genocídio contra indígenas, por sua atuação diante da pandemia do coronavírus.
Bolsonaro fez questão, persistentemente, de bater na tecla do motivo para ser investigado no âmbito da CPI: “Igual agora, CPI contra Covid, alguma notícia de desvio da minha parte? Uma que seja, de 1 real? Zero! O autor da proposta da CPI, Randolfe Rodrigues [risadas]. Apurar as omissões do presidente, fazer palanque! Eu não vou interferir, nem posso, nem iria, no Senado Federal”, justificou.
“Quando vi, fiquei chateado! Por que investigar omissões minhas e não quem pegou o dinheiro na ponta da linha? É muito simples!”, relembrou o mandatário.
Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles.