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Troca de superintendente da PF no Amazonas foi um erro, avaliam assessores de Bolsonaro

16 de abril de 2021, 16h27 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

by Redação ★ Blog do Lindenberg

Por G1

A troca do superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Alexandre Saraiva, foi um erro, de acordo com assessores do presidente Jair Bolsonaro. Segundo eles, o novo diretor da PF, Paulo Maiurino, deveria ter esperado pelo menos a realização da Cúpula dos Líderes sobre o Clima, na próxima semana, para fazer a mudança.

A troca aconteceu depois que Saraiva apresentou uma notícia-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, sob a acusação de que ele estaria defendendo o interesse de infratores ambientais. Salles teria defendido a posição de madeireiros, acusados de extrair ilegalmente madeira na Amazônia. A Cúpula dos Líderes sobre o Clima está prevista para os próximos dias 22 e 23.

O delegado Alexandre Saraiva é responsável pelo inquérito que apura uma apreensão de madeira na região da amazônica. Em entrevista ao Estudio I, da GloboNews, Saraiva disse que a madeira foi extraída de terras públicas alvo de grilagem e que Salles teria se intrometido na investigação para defender os madeireiros acusados de crime ambiental.

Nesta quinta-feira (15), a direção da PF confirmou mudanças em algumas superintendências do órgão nos Estados, incluindo a do Amazonas. As trocas estão sendo feitas depois que o novo ministro da Justiça, Anderson Torres, nomeou Paulo Maiurino para comandar a Polícia Federal.

Para auxiliares e aliados de Bolsonaro, o momento da troca de Saraiva foi totalmente errado. Segundo um deles, no mínimo, por uma questão de evitar mais desgastes para a imagem do Brasil no exterior, a mudança no Amazonas deveria ser efetuada mais à frente, após a realização da Cúpula do Clima convocada para a próxima semana pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

Um aliado de Bolsonaro disse ao blog que vai “pegar mal” para o presidente Bolsonaro aparecer na Cúpula do Clima ao lado do ministro Ricardo Salles, enquanto o delegado que o acusa de defender infratores ambientais foi exonerado pelo governo. Saraiva disse que Salles estava assumindo um papel que não cabe a de um ministro do Meio Ambiente, sair em defesa de madeireiros que extraem madeira ilegalmente.

Neste momento, as embaixadas em Brasília de países que vão participar da Cúpula do Clima estão passando relatórios sobre o caso para seus governos, que estarão informados sobre o que aconteceu no Brasil na véspera da reunião convocada por Biden.

Foto: Reprodução / GloboNews

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