O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (Democratas-MG), criticou de maneira contundente, nesta sexta-feira (28), a inércia do Ministério de Minas e Energia (MME) em solucionar o problema do baixo nível do espelho d’água da Represa de Furnas, localizada no Sul e Sudoeste de Minas Gerais.
Na avaliação do senador mineiro, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), vinculado ao MME, somente tem levado em consideração a capacidade do lago para geração de energia no país, deixando em segundo plano a exploração do turismo, da piscicultura e da produção agrícola na região, ou seja, um conjunto dos principais potenciais de Furnas. A estimativa é que cerca de 500 mil pessoas, em 34 municípios do estado, dependam das águas do reservatório.
“O Operador Nacional do Sistema Elétrico, vinculado ao Ministério de Minas e Energia, apoderou-se das águas brasileiras para o seu propósito único de geração de energia. Essa política energética sem ideias, que não planeja e não pensa em médio e longo prazos, reduz os níveis de água e sacrifica o abastecimento, o turismo, a navegação, a agropecuária, a piscicultura e o meio ambiente. Sacrifica, sobretudo, milhares de pessoas. A previsão de secar os reservatórios do sistema de Furnas, em Minas Gerais, é inaceitável, ainda mais depois dos acordos feitos com a bancada federal do Estado”, afirmou Pacheco.
O senador mineiro ressaltou que não está faltando somente água, ou chuva, mas sim falta de respeito e empenho do Ministério de Minas e Energia para resolver esse problema que foi, em diversas ocasiões, amplamente discutido, inclusive em audiências no Senado. Pacheco ainda lembra que, nessas ocasiões, os responsáveis pela pasta que têm a prerrogativa para solucionar a questão assumiram esse compromisso. No entanto, atualmente se constata que não passaram de promessas, uma vez que preferiram abandonar o tema sem ao menos prestar esclarecimentos aos mineiros.
Uma das principais bandeiras defendidas pelo senador mineiro no Parlamento é que a Represa de Furnas opere com o índice de 762 metros acima do nível do mar, considerado ideal por moradores, produtores e empresários do entorno do lago para garantir as atividades que geram renda e emprego. Além disso, o presidente do Senado tem trabalhado arduamente para que a pasta dê uma resposta definitiva à diminuição de vazão de águas do reservatório, sobretudo no uso feito pela hidrovia Tietê-Paraná, em São Paulo, que é apontada como uma das principais razões para o baixo nível de Furnas.
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