O governo federal através da Secretaria de Comunicação do governo reagiu, no domingo (6), sobre artigo publicação na revista britânica The Economist, que na última semana destacou o Brasil e como o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vem conduzindo e lidado com a pandemia da Covid-19.
Com Estadão Conteúdo
Na defesa do presidente, a Secom usou as redes sociais para defender o presidente sobre o artigo da revista. Só no Twitter, foram 23 postagens. A pasta afirmou que o texto “busca desmerecer todo o incontestável trabalho” do governo e que a publicação fala em “apologia ao homicídio”.
O artigo da The Economist do fim de semana, publicação no Estadão diz que “É hora de ir embora”, que traz um resumo sobre a edição intitulada “A década sombria do Brasil” e onde a revista apresenta Bolsonaro como um líder que pretende “destruir as instituições, não reformá-las”.
“Será difícil mudar o curso do Brasil enquanto Bolsonaro for presidente. A prioridade mais urgente é derrotá-lo”, diz o texto.
Nos posts das redes sociais, a Secretaria disse que “a revista The Economist enterra a ética jornalista e extrapola todos os limites do debate público, ecoando no artigo ‘É hora de ir embora’ algumas das narrativas mais falaciosas, histriônicas e exageradas da oposição ao governo federal”.
Segundo a Secom, o objetivo da revista é atacar Bolsonaro e influenciar os rumos políticos do Brasil. “[A revista] destila uma retórica de torcida organizada e acaba, na verdade, atacando o intenso trabalho do governo do Brasil, a autonomia da nação brasileira e os brasileiros como um todo”.
Nos posts, a Secom afirma que ninguém levou a sério o artigo. Tanto é que, de acordo com a secretaria, a Bolsa de Valores não despencou no Brasil. A Secom ainda elenca “feitos” do governo Bolsonaro, como o auxílio emergencial, o crescimento do PIB e o “saldo positivo de quase um milhão de empregos nos primeiros quatro meses de 2021”.
Divergência na tradução
A “sugestão” de “eliminar” Bolsonaro, como está na versão em português do artigo da The Economist publicada pelo Estadão é bastante criticada pela Secom: “Vejam bem: não falam apenas em vencer nas urnas, superar, destituir. Falam em eliminar. Estaria o artigo fazendo uma assustadora apologia ao homicídio do presidente?”, questiona a secretaria.
Mas há, no trecho, um equívoco na tradução do texto original. Na verdade, o artigo diz sobre Bolsonaro: “The most urgente priority is to vote him out”. Na versão do Estadão, a frase foi traduzida assim: “A prioridade mais urgente é eliminá-lo”. A construção correta é: “A prioridade mais urgente é derrotá-lo (no voto, nas eleições)”.
“Em outras palavras: parece que o desespero da Economist e do jornalismo militante, antidemocrático e irresponsável é para que o presidente da República seja eliminado o quanto antes, antes que ele e seu overno concluam o excelente trabalho que fazem para o bem do Brasil”, ressalta a Secom.
Veja os 23 posts do governo:
01. A revista The Economist [https://t.co/r5q5CCDahw] enterra a ética jornalista e extrapola todos os limites do debate público, ecoando no artigo "É hora de ir embora" algumas das narrativas mais falaciosas, histriônicas e exageradas da oposição ao Governo Federal. + pic.twitter.com/0C4ysUgyIK
— SecomVc (@secomvc) June 6, 2021
02. Com o objetivo de atacar o Presidente da República e influenciar os rumos políticos do Brasil, destila uma retórica de torcida organizada e acaba, na verdade, atacando o intenso trabalho do Governo do Brasil, a autonomia da Nação Brasileira e os brasileiros como um todo.
— SecomVc (@secomvc) June 6, 2021
03. A boa notícia é que nem os brasileiros, nem o mercado, nem o mundo caíram no pranto ideológico e raivoso da Economist. Se a matéria tivesse alguma credibilidade, provavelmente a Bolsa de Valores sofreria alguma alteração significativa, por exemplo. Não foi o que aconteceu.
— SecomVc (@secomvc) June 6, 2021
04. O argumento central do artigo assim está proclamado: "Será difícil mudar o curso do Brasil enquanto Bolsonaro for presidente". Do que está falando The Economist? Que curso gostariam de mudar?
— SecomVc (@secomvc) June 6, 2021
05. Será o curso do país que decretou Estado de Emergência em Saúde Pública antes mesmo de a OMS decretar pandemia, enquanto estados governados pela oposição incentivavam e festejavam o carnaval?
— SecomVc (@secomvc) June 6, 2021
06. Ou o curso do país que sempre investiu mais do que a média dos países emergentes no combate à Covid, que preservou milhões de vidas, que está entre os cinco a garantir autossuficiência na produção de vacinas e que é hoje um dos países que mais vacina sua população?
— SecomVc (@secomvc) June 6, 2021
07. Ou quer a The Economist mudar o curso do país cujo Governo instituiu o Auxílio Emergencial, um dos maiores programas sociais do mundo, que beneficiou direta e indiretamente metade de sua população e fez do Brasil o único país da AL onde a pobreza diminuiu durante a pandemia?
— SecomVc (@secomvc) June 6, 2021
08. Ou, ainda, o curso do país que, apesar de toda a crise global, vê sua economia voltar já aos níveis pré-Covid, com o PIB crescendo acima das expectativas e com geração ininterrupta de empregos?
— SecomVc (@secomvc) June 6, 2021
09. Nos primeiros quatro meses de 2021, nosso Brasil viu um saldo positivo de quase um milhão de empregos. Após a queda abrupta do início da pandemia, nos últimos 10 meses tivemos 9 meses de saldo positivo de geração de emprego. É esse curso que a The Economist deseja mudar?
— SecomVc (@secomvc) June 6, 2021
10. Claro está que, com sua retórica insana, a revista busca desmerecer todo o incontestável trabalho de defesa da vida e de preservação do emprego, das liberdades e da dignidade dos brasileiros. Sob o disfarce de crítica ao Presidente, a The Economist ataca a Nação Brasileira.
— SecomVc (@secomvc) June 6, 2021
11. Embora não restem dúvidas da falta de credibilidade e de ética no artigo de viés oposicionista lamentavelmente publicado pela revista, analisemos a "matéria", para entendermos claramente como se estabelecem narrativas cruéis e atentatórias ao Brasil e aos brasileiros.
— SecomVc (@secomvc) June 6, 2021
12. A narrativa do texto, em suma, é a seguinte: o Presidente seria um ditador que estaria matando o próprio povo; seus apoiadores estariam dispostos à guerra civil e o Exército estaria disposto a intervir caso o Presidente perca as próximas eleições. +
— SecomVc (@secomvc) June 6, 2021
13. Segundo a tradução replicada pelo Estadão, aqui utilizada, The Economist chega a afirmar que a solução seria ELIMINAR o Presidente: "A prioridade mais urgente é eliminá-lo", afirmam.
— SecomVc (@secomvc) June 6, 2021
14. Vejam bem: não falam apenas em vencer nas urnas, superar, destituir. Falam em ELIMINAR. Estaria o artigo fazendo uma assustadora apologia ao homicídio do Presidente?
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15. Além disso, há várias contradições no texto: ao mesmo tempo em que acusa o Presidente de não conseguir fazer contratos de vacinas, diz que o avanço da vacinação pode reelegê-lo. +
— SecomVc (@secomvc) June 6, 2021
16. Ao mesmo tempo em que diz que o crescimento do país está estagnado, diz que a recuperação da economia também pode reeleger o PR. Ao mesmo tempo em que acusa o PR de ser antidemocrático, conclama o Exército a insurgir-se contra seu chefe, em apologia a golpe antidemocrático. +
— SecomVc (@secomvc) June 6, 2021
17. Ao mesmo tempo que acusa o Presidente de atacar instituições, celebra as impunes acusações levianas e as ofensas que o Presidente recebe constantemente.
— SecomVc (@secomvc) June 6, 2021
18. A Economist incorre também em absurdos próprios de panfletarismo juvenil, como este: "Mais quatro anos sob o comando dele [Bolsonaro] podem devastar a Amazônia, onde grande parte da floresta tropical pode se transformar em uma savana seca". +
— SecomVc (@secomvc) June 6, 2021
19. Eis o vaticínio surreal feito sobre o país que mais conserva a natureza no mundo e que tem intensificado as ações de fiscalização, enquanto produz alimentos para o mundo todo com sustentabilidade e responsabilidade. +
— SecomVc (@secomvc) June 6, 2021
20. Em verdade, a previsão que a Economist faz sobre a Amazônia revela sua mal-disfarçada torcida contra o Brasil. Torcida esta que fica constrangedoramente escancarada no fim do artigo: "[…] com a vacinação e a recuperação da economia, o presidente pode recuperar terreno". +
— SecomVc (@secomvc) June 6, 2021
21. Em outras palavras: parece que o desespero da Economist e do jornalismo militante, antidemocrático e irresponsável é para que o Presidente da República seja ELIMINADO o quanto antes, antes que ele e seu Governo concluam o excelente trabalho que fazem para o bem do Brasil.
— SecomVc (@secomvc) June 6, 2021
22. Em tempo: apesar dos pesares, agradecemos à Economist pelo reconhecimento, por admitir que estamos avançando, << com a vacinação e a recuperação da economia >>, segundo as palavras do próprio veículo.
— SecomVc (@secomvc) June 6, 2021
23. Talvez, justamente por reconhecer nossos avanços, a Economist esteja tentando interferir em nossas questões domésticas e, segundo o texto, defenda a eliminação do Presidente que está livrando o Brasil da corrupção e da sujeição às oligarquias que a revista parece representar.
— SecomVc (@secomvc) June 6, 2021