Home CPI AGU entra com mandado de segurança no STF para anular quebra de sigilo de Pazuello aprovada na CPI da Covid

AGU entra com mandado de segurança no STF para anular quebra de sigilo de Pazuello aprovada na CPI da Covid Órgão que faz a defesa do governo alega que decisão da CPI da Covid foi "excessivamente abrangente" e sem as devidas justificativas

12 de junho de 2021, 07h34 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

by Redação ★ Blog do Lindenberg

A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou, na noite dessa sexta-feira (11), com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão da Comissão Parlamentar de Inquérito,  CPI da Covid no Senado de quebrar os sigilos do general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde e hoje secretário de Estudos Estratégicos na Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos (SAE).

A tentativa segundo pedido do órgão de defesa do Governo Federal, o procedimento aprovado pelos membros da CPI é “absolutamente ilegal, alegando na peça entregue como “excessivamente abrangente” e não teria sido justificada com precisão.

“A quebra de sigilo de forma generalizada e inespecífica não encontra fundamento no devido processo legal, representando uma devassa indiscriminada violadora da dignidade e intimidade individual do impetrante”, defende a AGU.

A quebra de sigilo foi aprovada pela comissão na quinta-feira (10/6).

O órgão também defendeu que as quebras de sigilo feitas na CPI foram aprovadas de forma ilegal, em votação em bloco. Segundo o documento apresentado ao STF, o processo não possui “fundamentação idônea e suficiente” e nem foram apresentados argumentos concretos para que a decisão seja feita dessa forma.

A CPI também aprovou a quebra dos sigilos do ex-ministro de Relações Exteriores Ernesto Araújo. A defesa do ex-ministro  também recorreu ao Supremo. Sobre este pedido, o ministro Alexandre de Moraes decidiu solicitar informações à CPI. Em despacho dado  também na  sexta (11), Moraes deu 48 horas para que os senadores apresentem os dados.

Além de Pazuello e Araújo, outros quatro alvos das quebras de sigilo acionaram o STF para tentar suspender a medida. Enviaram petições à corte a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mayra Pinheiro, conhecida por defender a cloroquina, o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos Hélio Angotti Neto, médico seguidor do escritor Olavo de Carvalho, tido como “guru do bolsonarismo”, e entusiasta do tratamento precoce, e o ex-assessor especial do Ministério da Saúde Zoser Plata Bondim Hardman de Araújo.

 

 

Foto: Agência Senado

LEIA TAMBÉM

Envie seu comentário