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Pesquisa mostra que 55% de rejeição para realização da Copa América no Brasil Torneio começa neste domingo (13) e tem apoio de 35% dos brasileiros, segundo o levantamento do Poderdata.

13 de junho de 2021, 12h36 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

by Redação ★ Blog do Lindenberg

Pesquisa PoderData realizada  nesta semana entre os dias 7 e 9 de junho  mostra que a maioria da população brasileira é contra a realização da Copa América no país. De acordo com o levantamento, 55% dos brasileiros são contra o Brasil sediar o torneio de futebol, enquanto 35% são a favor e 10% não sabem como responder.

 


Esta pesquisa foi realizada no período de 7 a 9 de junho de 2021 pelo PoderData, a divisão de estudos estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é feita em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.

Foram 2.500 entrevistas em 522 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.

Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população.

Contexto

O 1º jogo do campeonato será realizado no próximo domingo (13.jun), quando as seleções do Brasil e da Venezuela se enfrentam no estádio Mané Garrincha, em Brasília. A Conmebol anunciou em 31 de maio que o país havia aceitado receber o evento, depois das recusas da Colômbia –que vive um momento de instabilidade política, com protestos contra o presidente Iván Duque– e da Argentina –que está em quarentena por conta do aumento de casos e mortes pela covid-19.

A realização do torneio no Brasil vem sendo cercada de controvérsias. No fim de semana, a expectativa era que a seleção brasileira se posicionasse contra disputar o torneio; na 4ª feira, divulgou nota criticando a Conmebol. Paralelamente, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) enfrenta um escândalo envolvendo acusação de assédio sexual contra seu presidente Rogério Caboclo, que foi afastado da função no domingo (6.jun).

As patrocinadoras Ambev, Mastercard e a Diageo desistiram de expor suas marcas nos jogos e em eventos relacionados ao torneio.

O caso chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF), que formou maioria nesta 5ª feira (10.jun) para permitir a organização do torneio.

Hoje o futebol está liberado no Brasil, que tem várias competições em andamento. O Campeonato Brasileiro, por exemplo, tem 40 jogos por semana das séries A e B. Há também Copa do Brasil e Copa Libertadores em andamento. No caso da Copa América, todos os jogadores e comissões técnicas começam a competição vacinados e não haverá público nos estádios.

Bolsonaristas apoiam mais

O PoderData cruzou os dados da pergunta com a avaliação do trabalho do presidente da República. Os resultados mostram que 70% dos que apoiam o presidente são a favor do torneio.

No domingo (6.jun.2021), o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) publicou um vídeo sobre a discussão da realização da Copa América no Brasil. Disse que o técnico Tite tenta “politizar” o evento.

O congressista disse que, enquanto a Copa America estava programada para a Argentina, Tite não se manifestou contra. “Bastou a CBF pedir autorização para o presidente Bolsonaro para que ela acontecesse aqui no Brasil, para que o Tite se posicionasse politicamente. É um hipócrita, porque temos vários vídeos no passado onde ele puxa um saco para o ex-presidente Lula ”.

Destaques demográficos 
Eis os recortes por sexo, idade, região, nível de instrução e renda:

Grupos em que há maior proporção contra a realização da Copa América:

mulheres (67%);
pessoas de 16 a 24 anos (60%);
moradores da região Sudeste (64%);
quem cursou até o ensino superior (69%);
quem ganha de 2 a 5 salários mínimos (62%).
Grupos com mais pessoas a favor do torneio:

homens (55%);
pessoas de 25 a 44 anos (37%);
moradores da região Norte (56%);
quem tem só ensino fundamental (39%);
quem ganha mais de 10 salários mínimos (44%).

 

Fonte: Poderdata

Foto: Lucas Figueiredo/CBF

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