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As eleições serão realizadas’, diz Mourão em entrevista após fala de Bolsonaro Sobre o regime semipresidencialista em 2026, o vice-presidente disse que não tem opinião formada para sua adoção.

12 de julho de 2021, 11h36 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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O vice-presidente Hamilton Mourao (PRTB), afirmou, na manhã desta segunda-feira, 12, que as eleições ocorrerão no próximo ano com ou sem a aprovação do voto impresso. O militar é contra a abertura de um processo de impeachment.

A declaração foi dada à CNN. Na fala, Mourão garantiu que “As eleições serão realizadas”, e refutou qualquer hipótese de não realização do pleito nacional.

Ao jornalista Josias de Souza, do portal UOL, o general da reserva seguiu a mesma linha. “Cumpro o meu papel pelo bem do Brasil. Mas eleição vai haver, eu garanto”, ressaltou o vice-presidente.

O posicionamento do vice-presidente da República é o inverso do Chefe do Poder Executivo Jair Bolsonaro (sem partido), que acusou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – na última sexta-feira, 9, – de integrar um esquema de fraudes. “Corremos o risco de não termos eleições no ano que vem”, ameaçou Bolsonaro.

A declaração do presidente gerou reações tanto no Judiciário como no Executivo. Em resposta a Bolsonaro, o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, garantiu também o pleito de 2022.

Mourão foi questionado sobre uma futura mudança no sistema de governo brasileiro, sugerido pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), ele explicou que ainda não se debruçou sobre o assunto e que, “portanto, não tenho opinião formada”.

O semipresidencialismo mescla elementos do parlamentarismo e do presidencialismo. Neste modelo, há um presidente- geralmente eleito diretamente pelo povo – e um primeiro-ministro – eleito indiretamente, pelo parlamento – dividindo funções no Poder Executivo. A gestão de demandas internas e o comando do governo caberia ao primeiro-ministro.

A adoção do regime semipresidencialista também não conta com apoio entre dirigentes da oposição, para os quais a aprovação da mudança limitaria a atuação, em uma reeleição, de um eventual novo presidente eleito em 2022.

Com Agência
Foto: Adnilton Farias/Flickr

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