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Câmara dos Deputados aprova projeto para o fim dos supersalários O texto redefine o teto remuneratório previsto pela Constituição Federal para todo o funcionalismo público; nenhum servidor poderá ganhar acima de R$ 39,2 mil mensais. Expectativa é de economizar até R$ 10 bilhões por ano.

14 de julho de 2021, 08h02 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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A Câmara dos Deputados aprovou, de forma simbólica, o projeto de lei n° 6.726, conhecido como PL dos supersalários.  O texto redefine o que deve e o que não deve ser submetido ao teto remuneratório previsto na Constituição Federal para todo o funcionalismo público.

O relatório  é do deputado Rubens Bueno (Cidadania-PR), que prevê acabar com os penduricalhos que aumentam significativamente os subsídios, principalmente de magistrados e procuradores. Aprovação na Casa Legislativa foi unânime.

No texto, são penduricalhos que também aumentam significativamente os subsídios, principalmente de magistrados e procuradores.  Barrando o supersalários, no serviço público, a economia pode variar de R$ 3 bilhões a R$ 10 bilhões por ano, destaca o relator.

Segundo Bueno, a proposta de combate aos chamados supersalários teve como base uma lei do Senado, de 2016. O objetivo é que as determinações sobre o teto constitucional sejam válidas para todas as instâncias de governo (federal, municipal e estadual) e todos os Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário).

A proposta, que segue para votação do Senado, detalha todas as parcelas – que já constam no Artigo 37 da Constituição – e que poderão ser pagas.

“Nós colocamos travas, porque um estado paga R$ 1 mil, outro R$ 3 mil, R$ 5 mil de penduricalhos, da forma como deseja. Limitamos essas parcelas indenizatórias para que se evite os abusos que infelizmente vêm acontecendo no país”, explicou.

Como cada ente estabelecia as suas normas, segundo Bueno, até o momento, não é possível cravar o valor gasto com essas benesses. “Os dados indicam que pode ser R$ 2 bilhões ou até R$ 10 bilhões, porque não sabemos quantos penduricalhos existem em cada instância de governo”.

Crime

Rubens Bueno citou ainda que a maior vitória foi estabelecer, a partir de agora, pena de 2 a 6 anos para o responsável que autorizar qualquer pagamento a servidor ou profissional do serviço público acima de R$ 39.293,32. “Agora, só pode pagar o que está na lei”, comemorou.

As regras se aplicam aos agentes públicos de todas as esferas de governo (federal, estadual, distrital e municipal) e a todas as esferas de Poder (Executivo, Legislativo e Judiciário), incluindo-se Ministério Público, Defensoria Pública, contratados temporários, empregados e dirigentes de empresas públicas que recebem recursos dos governos (dependentes) para pagar salários e custeio, militares e policiais militares, aposentados e pensionistas.

Em uma entrevista, Bueno citou como exemplo de “absurdos” o caso do Tribunal de Justiça de Goiás.

“No mês de junho, 93 juízes receberam mais de R$ 100 mil, 148 receberam mais de R$ 90 mil. Isso é um escândalo em um país que precisa ter noção do que é República e noção do que é o serviço público”, destacou.

Muitos parlamentares, inclusive o deputado Tiago Mitraud (Novo-MG), que também é presidente da Frente Parlamentar Mista da Reforma Administrativa, elogiaram a iniciativa.

“É uma grande vitória para o Brasil”, disse Mitraud. Já Pompeo de Mattos (PDT-RS), reforçou que, “agora, não será possível mais ver pessoas recebendo mais de R$ 40 mil acima do teto”.

 

 

Com Correio Brasiliense

Pablo Valadares / Agência O Globo

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