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Em live, Bolsonaro se esquiva de pergunta sobre pressão de Braga Netto por voto impresso. Na transmissão o presidente também voltou a sugerir superfaturamento da Coronavac pelo Instituto Butantan.

23 de julho de 2021, 09h36 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

by Redação ★ Blog do Lindenberg

O presidente da República Jair Bolsonaro evitou na sua live semanal ontem (22), de responder a perguntas sobre a pressão exercida pelo ministro da Defesa, o general Walter Braga Netto, pela adoção do voto impresso nas eleições de 2022.

Questionado sobre o assunto durante sua tradicional transmissão ao vivo nas redes sociais na quinta-feira (22), Bolsonaro se esquivou da pergunta e se limitou a reafirmar o conteúdo de uma nota divulgada pela Defesa na manhã de quinta.

“Olha, a resposta está na nota dele (Braga Netto). Na nota dele está feita a resposta, ok? Muito obrigado pela pergunta”, disse Bolsonaro.

Na nota, Braga Netto nega apenas ter pressionado pelo voto impresso por meio de um interlocutor — mas não negou ter ameaçado a realização das eleições de 2022 caso o voto impresso não seja adotado. O texto da Defesa também insiste na defesa do voto impresso. “A discussão sobre o voto eletrônico auditável por meio de comprovante impresso é legítima, defendida pelo Governo Federal, e está sendo analisada pelo Parlamento brasileiro”, diz um trecho.

Ao contrário do que costuma fazer quando confrontado por reportagens da imprensa, Bolsonaro também não usou impropérios ou palavrões ao comentar o assunto — limitou-se a reforçar a manifestação do Ministério da Defesa.

Pouco antes, em outro momento da live, o presidente voltou a dizer que houve fraudes e “interferências” nas eleições de 2014 e 2018. E disse que apresentará as “fragilidades” da urna até a próxima quinta-feira, dia 29 de julho.

“Na quinta-feira da próxima semana nós vamos mostrar, esclarecer, das fragilidades do sistema e do que aconteceu no segundo das eleições de 2014. Se você vai poder acreditar ou não nesse sistema de votação. É muito comum quem está no poder arranjar uma maneira de se perpetuar no poder. Eu estou fazendo o contrário. Eu quero eleições limpas, transparentes”, disse ele.

“Se a senhora pudesse colocar mais uma tranca na sua casa, a senhora botaria ou não? Eu acho que botaria. É mais segurança. Nós queremos fazer com que o sistema eletrônico de votação seja confiável e ninguém tenha dúvidas do resultado final. Por que estão contra?”, insistiu o presidente.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), não há registro de fraude comprovada envolvendo a urna eletrônica desde que ela foi adotada, nas eleições municipais de 1996.

Instituto Butantan

Bolsonaro também voltou a sugerir que o Instituto Butantan teria oferecido a Coronavac ao governo federal por preço maior que o da chinesa Sinovac.

Repetindo o que declarou mais cedo a uma emissora de rádio do Paraná, o presidente disse que o governo recebeu documentos do laboratório chinês oferecendo a vacina a US$ 5 a dose, enquanto o preço cobrado pelo Butantan é de US$ 10. Presidente afirmou ter mandado investigar.

Mais cedo, o instituto ligado ao governo paulista já havia respondido ter a exclusividade da Coronavac para toda a América Latina. No último domingo (20), o próprio laboratório divulgou nota afirmando que o Butantan “é o único representante da Sinovac no Brasil e na América Latina para a comercialização” do imunizante.

Com Estadão Conteúdo
Foto: Reprodução/Facebook

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