Em uma carta endereçada à Procuradoria-Geral da República , a PGR, e ao Conselho Superior do Ministério Público Federal, 56 organizações, incluindo a Transparência Internacional no Brasil, o WWF e a Human Rights Watch, pediram a renovação da Força-Tarefa da Amazônia ou a criação de uma estrutura permanente para lidar com crimes ambientais.
Desde que foi criada em agosto de 2018, a Força-Tarefa da Amazônia realizou 19 operações contra crimes ambientais.
“Assim como ocorreu com a Lava Jato, a força-tarefa permite que os procuradores atuem de maneira articulada, ampliando a capacidade do Ministério Público para lidar com crimes ambientais“, diz o gerente de meio ambiente e clima da Transparência Internacional no Brasil, Renato Morgado.
“O crime ambiental normalmente é bem organizado. Por trás deles há vários outros delitos como lavagem de dinheiro , corrupção e fraude, que dão impunidade a seus autores. Por causa dessa complexidade, quando os procuradores atuam em conjunto, os resultados são melhores“, diz Morgado.
As entidades pedem que, se não for renovada a força-tarefa, que seja criada uma outra estrutura permanente e com dedicação exclusiva dentro do Ministério Público.
“Se o Ministério Público não criar uma solução para preencher esse espaço, estará recuando na proteção do meio ambiente“, explica Renato.
Por Crusoé
Foto: reprodução
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