Manifestantes foram às ruas neste sábado (24) para protestos contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e em defesa da vacinação contra a Covid-19.
Até por volta das 19h20, haviam sido registrados protestos em pelo menos 120 municípios, localizados em 26 estados e o Distrito Federal, incluindo as 27 capitais.
Esta é a quinta vez no ano em que há um dia de protestos pelo país contra o governo Bolsonaro. As demais foram em janeiro, maio, junho e início de julho, sendo que, em janeiro, foi realizada uma carreata.
Assim como as manifestações anteriores, os protestos deste sábado ocorreram de forma pacífica. A maioria dos manifestantes usavam máscara como medida de proteção contra o coronavírus. Em alguns momentos, porém, houve aglomeração, apesar dos alertas sobre distanciamento social.
Protestos contra Bolsonaro e a favor das vacinas
Manifestações deste sábado (24) ocorreram de forma pacífica e pediram também erradicação da fome e proteção a indígenas e meio ambiente.
Mapa: Arte G1 Fonte: G1
Além do impeachment de Bolsonaro, a pauta dos protestos também incluiu pedido de aumento do valor do auxílio emergencial pago durante a pandemia e mais recursos para educação. Houve manifestações contra a privatização da Eletrobras e dos Correios.
Em Minas Gerais, houve registro de protesto em Belo Horizonte e em outras cidades, como Governador Valadares e Timóteo. Também teve manifestação em Montes Claros.
Em BH, os manifestantes começaram a se reunir por volta das 13h30 na Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul da cidade.
Foto: reprodução TV Globo Minas
Foram levadas bandeiras diversas, como a do Brasil, de movimentos sociais, de partido políticos e do movimento LGBTQIA+. Os manifestantes também exibem um boneco inflável gigante, fazendo alusão a Bolsonro, vestido de morte e portando a faixa presidencial suja de sangue e uma caixa de medicamento nas mãos. O remédio foi chamado de “cloropina”.
Pelo estado, a pauta de reivindicações foi diversa. Além de pedirem o impeachment de Bolsonaro, os manifestantes também protestaram contra a privatização da Eletrobrás e dos Correios e os cortes na área de educação.
Manifestantes protestaram contra o governo em Governador Valadares — Foto: Divulgação
Em São Paulo, manifestantes realizaram um ato contra o governo Jair Bolsonaro na Avenida Paulista, região central da cidade de São Paulo.
A concentração começou por volta das 14 horas deste sábado, no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp). A via foi completamente fechada para o trânsito de veículos por volta das 15 horas.
Os manifestantes levaram cartazes com dizeres como “Vamos celebrar a vida: viva a vacina e #ForaBolsonaro”, “Amazônia em pé, abaixo Bolsonaro”, “Correios ficam, Bolsonaro sai”.
O ato também teve grandes faixas com as cores vermelha e preta com os dizeres “Fora Bolsonaro”, além de uma longa bandeira verde e amarela. Carros de som se posicionaram ao longo da Paulista, sendo o principal em frente ao Masp.
No Rio de Janeiro os manifestantes se reuniram no Centro da capital em protesto contra o governo Bolsonaro. A grande maioria deles usava máscara facial. O ato foi encerrado por volta das 15h.
A concentração do ato teve início por volta das 10h na Avenida Presidente Vargas, em frente ao monumento em homenagem a Zumbi dos Palmares. De lá, eles seguiram em caminhada rumo à Praça da Candelária.
O ato foi convocado por centrais sindicais e partidos políticos, que formaram um grupo batizado de Bloco Democrático. A pauta de reinvindicações era diversa. O próprio grupo denominou a manifestação como “dia de unir o país em defesa da democracia, da vida dos brasileiros e do fora Bolsonaro”.
A manifestação terminou por volta das 15h. No fim do protesto, a Polícia Militar abordou alguns manifestantes e houve um princípio de tumulto nas imediações do ato.
Um homem foi detido por PMs na Rua Nilo Peçanha e levado para a 5ª DP (Mem de Sá). Em outro momento, os policiais também usaram spray de pimenta para dispersar integrantes do protesto.
Em Brasília, o protesto fechou a Esplanada dos Ministérios em Brasília. A concentração começou por volta das 15h deste sábado, no Museu Nacional da República.
O grupo pede o impeachment do presidente, defende mais vacinas contra a Covid-19 e critica a gestão do governo na pandemia. Os participantes também cobram medidas de distribuição de renda, como o aumento do auxílio emergencial.
O grupo iniciou marcha até o Congresso Nacional por volta das 16h30. Em seguida, os manifestantes percorreram a Esplanada dos Ministérios no sentido contrário até o Teatro Nacional e começaram a dispersar por volta das 17h30.
A Polícia Militar acompanha o ato. Até a última atualização desta reportagem, não houve registro de ocorrências.
Na capital pernambucana, o protesto contra o governo reuniu manifestantes no Centro do Recife. O ato foi convocado por movimentos sociais e estudantis, partidos políticos e centrais sindicais.
Os manifestantes protestavam pela agilidade na vacinação para prevenir a Covid-19, contra a fome e para pedir ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que dê andamento ao processo de impeachment de Bolsonaro.
Manifestantes também foram às ruas protestar contra o governo Bolsonaro e em defesa da vacinação contra a Covid-19 em Salvador e outras cidades baianas.
A Bahia registra, desde o início da pandemia, 25.457 mortes por Covid-19. Já são 1.182.673 casos confirmados da doença no estado.
Em Fortaleza, a concentração ocorreu na Praça Portugal, no Bairro Aldeota, de onde os participantes seguiram para a Praia de Iracema. Pela manhã, também houve protesto em Juazeiro do Norte, no Sul do Ceará.
As pessoas começaram a se reunir na Praça Portugal, na capital, no início da tarde. Além de o protesto pedir o impeachment do presidente Jair Bolsonaro, os manifestantes querem mais vacinas contra a Covid-19. O ato deve terminar no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura.
Em Juazeiro do Norte, no Sul do Ceará, a manifestação ocorreu de 8h às 11h, com um percurso que começou na praça da prefeitura e seguiu até a Praça Padre Cícero.
O ato foi convocado por movimentos sociais, sindicatos e teve participação de manifestantes independentes, segundo a organização. Entre as reivindicações estavam pautas nacionais, como o impeachment do presidente e o avanço da vacinação.
Em Vitória, a concentração para o ato teve início por volta de 14h, na praça do bairro Jucutuquara. De lá, os manifestantes seguiram para a Praça do Papa, na Enseada do Suá.
A manifestação terminou por volta de 17h. Os participantes pediam o impeachment de Bolsonaro, mais recursos para educação e também houve manifestações contra a privatização dos Correios.
A manifestação foi convocada por partidos políticos, sindicatos e movimentos estudantis. A maioria dos manifestantes usava máscara e houve registro de aglomeração.
Em Goiânia, o protesto começou por volta de 9h, na Praça do Trabalhador, no Setor Central, e se encerrou por volta das 12h, na Praça da Bíblia. O protesto foi organizado por estudantes e centrais sindicais.
Assim como em manifestações semelhantes realizadas em outras datas, os protestos ocorreram de forma pacífica. A maioria dos manifestantes usava máscara como medida de proteção contra o coronavírus. Em alguns momentos, porém, houve aglomeração, apesar dos alertas sobre distanciamento social.
Em São Luís, a concentração aconteceu por volta das 9h, na Praça Deodoro, situada na região central da cidade, onde faixas e cartazes pediam ampliação da vacinação contra a Covid-19, comida no prato, educação de qualidade, além do impeachment do presidente Jair Bolsonaro.
As manifestações tiveram início às 10h17 e foram encerradas às 11h41.
Medidas sanitárias como o uso de máscaras foram utilizadas pelos manifestantes, mas em alguns momentos o distanciamento social não foi respeitado e houve aglomeração.
A manifestação foi convocada pelo partido PSTU com o apoio de entidades sindicais, partidos políticos, movimentos estudantis e organizações. Os manifestantes gritaram palavras de ordem como fascismo, corrupção na compra de vacinas e o aumento no gás e também dos alimentos.
Em Cuiabá, a concentração do protesto contra o presidente Jair Bolsonaro foi na Praça Alencastro.
Assim como as manifestações anteriores, os protestos deste sábado ocorreram de forma pacífica. A maioria dos manifestantes usavam máscara como medida de proteção contra o coronavírus.
Pela manhã, também houve manifestações em Cuiabá e em outras cidades de Mato Grosso, como Cuiabá, Barra do Garças, Juína, Rondonópolis e Tangará da Serra.
Em Campo Grande, manifestantes com faixas e cartazes se concentraram em uma praça na área central e depois seguiram em carreata pelas principais ruas durante a manhã deste sábado. No movimento, representantes de diversas classes trabalhadoras.
Em Corumbá, a 415 quilômetros de Campo Grande, o grupo ficou concentrado na praça Jardim da Independência, no Centro. Também houve manifestação em Jardim.
Em Belém, a passeata saiu por volta das 8h30 da manhã da Praça da República no centro de Belém e seguiu até o Mercado de São Brás. Com faixas, o grupo protestou em defesa da vacina, emprego, pela volta do auxílio emergencial de R$ 600 e ações contra a fome.
O protesto foi acompanhado pela Polícia Militar. Manifestantes usaram máscaras durante o ato, mas imagens registram aglomeração de pessoas.
Pelo menos cinco cidades paraibanas registraram atos contra o presidente da República Jair Bolsonaro. Os atos foram registrados na capital João Pessoa, em Campina Grande, no Agreste, e em Patos, Cajazeiras e Sousa, no Sertão da Paraíba.
Em João Pessoa, os manifestantes se concentraram no Mercado Público de Mangabeira, de onde saíram em passeata, empunhando faixas e cartazes com críticas ao presidente Jair Bolsonaro. Eles saíram com destino à Praça da Paz, nos Bancários, onde realizaram mais manifestações.
Em Teresina, a concentração começou por volta de 8h na Praça Rio Branco, no Centro da cidade. Em seguida, às 10h, eles saíram em caminhada pelas ruas do Centro, com cartazes e carros de som.
O grupo passou por diversas ruas do centro e por volta das 10h30 chegou à sede do executivo estadual, o Palácio de Karnak. Depois, seguiu rumo à avenida Frei Serafim, a principal via da capital, que ficou parcialmente interditada no sentido Centro-Leste. Os manifestantes deixaram livre a faixa de passagem de ônibus.
Em Curitiba, o protesto ocorreu durante a tarde e foi convocado por partidos de oposição ao governo, sindicatos e movimentos sociais. Os manifestantes se reuniram na Praça Santos Andrade, no Centro da capital.
A maioria respeitou o distanciamento social e usou máscara. Eles ocuparam parte da praça com faixas e bandeiras.
Também houve protestos contra Bolsonaro em cidades do interior, como Guarapuava, Ponta Grossa, Foz do Iguaçu, Maringá, Londrina, Umuarama e Cascavel.
Os protestos foram pacíficos e os manifestantes percorreram vias com cartazes pedindo mais vacinas e o impeachment do presidente.
Houve protesto em pelo menos três cidades do Rio Grande do Norte: Natal, Parnamirim e Caicó. Atos também cobraram mais vacinas contra a Covid-19.
Em Natal a concentração começou às 15h na esquina das avenidas Salgado Filho e Nevaldo Rocha. Por volta das 16h os manifestantes saíram em caminhada em direção à Praça de Mirassol.
Os manifestantes usavam máscaras de proteção e também houve distribuição de máscaras do tipo PFF2, que têm maior eficácia na proteção contra a Covid, e de álcool a 70% para os participantes.
Apesar das orientações dos organizadores no carro de som, imagens mostram que houve aglomerações em alguns momentos do protesto.
Em Porto Alegre, os manifestantes se reuniram às 15h em frente à prefeitura e saíram em passeata pelas ruas do Centro Histórico até o Largo Zumbi dos Palmares, onde deve encerrar a manifestação no entardecer. Na série de pautas levantadas estavam desde as denúncias de corrupção do governo federal e do atraso na compra de vacinas até críticas à Reforma Administrativa e ao teto de gastos.
A maioria das concentrações respeitou o distanciamento entre as pessoas e quase todos os manifestantes usavam máscaras. Porém, em alguns casos, foram registradas aglomerações e uso errado dos equipamentos de proteção individual.
Cidades de Santa Catarina também tiveram manifestações favoráveis à vacinação mais rápida contra a Covid-19 e ao impeachment do presidente da República. Os atos ocorreram em Joinville e Jaraguá do Sul, no Norte, e em Criciúma, no Sul catarinense.
Em Aracaju, o ato começou por volta das 15h, com concentração na praça do Conjunto Leite Neto, no Bairro Grageru, onde grupos com bandeiras e faixas também se mostraram contrários ao avanço da fome no país e a reforma administrativa.
Os manifestantes seguiram em caminhada pelas ruas da cidade, passando pelo Bairro Jardins. O encerramento está marcado para acontecer na praia Formosa, no Bairro Treze de Julho.
Também houve ato contra em Palmas. Em Taquaralto, região sul da capital do Tocantins, os manifestantes também pregaram cruzes, às margens da avenida Tocantins, a mais movimentada da região, em homenagens às vítimas da Covid. A manifestação foi convocada e divulgada nas redes sociais. O grupo se concentrou às 8h.
Fonte: G1
Foto: Futura Press/Estadão Conteúdo