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Esse é o Centrão do senador Ciro Nogueira, agora de corpo e alma no governo Bolsonaro Um dos principais nomes do Centrão, o senador foi nomeado ministro-chefe da Casa Civil do governo Bolsonaro

3 de agosto de 2021, 09h40 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por Metrópoles

O novo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), já empregou o pai, a mãe e os quatros irmãos, entre 1990 e 2000, no gabinete dele na Câmara dos Deputados. A informação foi revelada pelo jornal Folha de S.Paulo e confirmada pelo Metrópoles.

Nogueira foi eleito deputado federal pela primeira vez em 1995. Vinte e seis anos depois, foi nomeado ministro-chefe da Casa Civil do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), no lugar do general Luiz Eduardo Ramos.

O político empregou, como secretários parlamentares, a mãe, Eliane Nogueira (PP-PI) — que agora assume a vaga deixada pelo filho no Senado Federal —, e os irmãos, Juliana e Silva Nogueira Lima, Alessandra Nogueira Lima Castelo Branco, Raimundo Neto e Silva Nogueira Lima e Gustavo e Silva Nogueira Lima

Já Ciro Nogueira Lima, pai do ministro-chefe da Casa Civil, já foi nomeado assessor técnico do quarto secretário da Câmara em 2001. A função era exercida pelo filho.

Na época, nepotismo não era considerado uma prática ilegal. Somente em 2008, o Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu que a contratação de parentes desrespeita a Constituição, contrariando os princípios da impessoalidade, moralidade e eficiência.

Em nota à Folha, Eliane assegurou que trabalhar ao lado de familiares ocorria por questões de confiança. “Seria imoral somente se houvesse vantagem indevida, o que não era o caso”, disse.

O Metrópoles revelou, no entanto, que a advogada Juliana e Silva Nogueira Lima, irmã de Ciro Nogueira, ganhou um cargo, durante o primeiro ano de governo Bolsonaro, na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), também conhecida como a “estatal do Centrão”.

Ela foi nomeada em 8 de outubro de 2019 como assessora do presidente da Codevasf e segue no posto até hoje, apesar de trocas no comando da estatal.

Trata-se de um cargo comissionado, portanto, de livre nomeação. Segundo informações do Portal da Transparência, a advogada recebe, mensalmente, salário bruto de R$ 17.875,55. A nomeação ocorreu logo após o engenheiro civil Marcelo Andrade Moreira Pinto, indicado pelo DEM, tomar posse como diretor-presidente da companhia.

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

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