Home Política Barroso anuncia medidas para dar ‘ainda mais’ transparência ao sistema eletrônico de votação

Barroso anuncia medidas para dar ‘ainda mais’ transparência ao sistema eletrônico de votação Presidente do TSE deu a declaração dois dias depois de o voto impresso ter sido derrotado no Congresso. Segundo ele, medidas são 'consideração às pessoas de boa-fé'.

12 de agosto de 2021, 16h01 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

by Redação ★ Blog do Lindenberg

Por G1

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, anunciou nesta quinta-feira (12) medidas para ampliar “ainda mais” a transparência das urnas eletrônicas e do sistema de votação brasileiro.

Barroso fez o anúncio no início da sessão do TSE, dois dias depois que a Câmara rejeitou a proposta de emenda à Constituição (PEC) que propunha o voto impresso em eleições, plebiscitos e referendos.

Segundo Barroso, apesar de o tema parecer ter ficado “para trás”, é preciso dar esclarecimentos às pessoas de “boa-fé” que ainda consideram que o voto impresso tornaria a eleição mais segura.

“Nós estamos tomando novas providências para ampliar a transparência e publicizar ainda mais os mecanismos de auditoria”, disse Barroso. Nas últimas semanas, ele ressaltou diversas vezes que a urna eletrônica é segura, auditável e que o voto impresso, na verdade, levaria o país de volta a um passado de fraudes.

As medidas anunciadas pelo foram:

  • a ampliação do tempo, para um ano antes do pleito, em que o código-aberto das urnas ficará disponível para partidos e técnicos
  • o convite para que partidos participem da inseminação do programa nas urnas
  • a criação de uma comissão externa composta por pessoas da sociedade civil e instituições públicas para fiscalizar cada etapa do processo

“Não há como fraudar o programa, uma vez lacrado. E nós queremos fazer isso com a participação e na frente de todos os partidos políticos, além do Ministério Público e da Polícia Federal, que já participam normalmente desse momento”, explicou Barroso.

Além disso, está em estudo a ampliação do número de urnas que participam do chamado teste de integridade, uma votação paralela em que os votos são impressos e depois conferidos no boletim de urna.

Barroso voltou a afirmar que o sistema é seguro e constantemente atualizado e aprimorado, “mas, como diz de respeito e consideração às pessoas de boa-fé, nós estamos aumentando ainda mais transparência e publicizando os mecanismos de auditoria e convidando os partidos e interessados a participarem de cada passo”, disse.

“Não vinham participando porque confiam e agora deveriam participar simplesmente para eliminar a narrativa falsa de que as coisas não são transparentes”, complementou o ministro.

O ministro disse ainda, numa crítica indireta aos que contestam a urna mesmo sabendo que ela é segura, que para a má-fé “não há solução”. Barroso afirmou ainda que o o combate a “ataques descontrolados” deve ser feito com “amor ao Brasil”.

“Para a má-fé, nós não temos solução. Combatemos o ódio e os ataques descontrolados com amor ao Brasil, verdade, transparência, educação e respeito ao próximo, porque este é o país que nós queremos e a gente na vida ensina certo”, disse.

Foto: Antonio Augusto/Ascom/TSE

LEIA TAMBÉM

Envie seu comentário