Por Itatiaia
A polêmica elevação nos preços dos combustíveis e o decorrente impacto no bolso dos consumidores têm agitado o cenário político em Minas Gerais – onde o litro da gasolina atingiu, à segunda-feira (23), R$ 6,90 em alguns municípios. À manhã de sexta-feira (27), o governador Romeu Zema (Novo) declarou que em sua gestão não houve e não haverá escalada nos impostos que incidem sobre os combustíveis.
Em contrapartida, pouco depois no início da tarde, o deputado estadual Agostinho Patrus (PV), que preside a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), criticou a inércia do Estado de Minas Gerais por uma ausência de ações que mirem aliviar o aperto dos motoristas mineiros. “Não fazer nada também é agir contra a população”, escreveu em publicação em sua página no Twitter.
Diretamente em relação à postura da gestão Romeu Zema, Patrus insistiu que o Estado pode conter a elevação no preço de referência do ICMS sobre os combustíveis. “O impacto do preço do combustível no bolso dos mineiros só vai diminuir se os governos trabalharem juntos (…). Com boa vontade, o Estado pode segurar o aumento do preço de referência do ICMS sobre os combustíveis, aliviando o custo final ao consumidor”, escreveu – leia, a seguir, o posicionamento na íntegra.
O impacto do preço do combustível no bolso dos mineiros só vai diminuir se os governos trabalharem juntos. O custo final da gasolina em Minas Gerais depende da alíquota do ICMS, que é a 2ª maior do Brasil, e do PMPF, base de cálculo do imposto estadual, que é a 4ª maior no país.
— Agostinho Patrus (@agostinhopatrus) August 27, 2021
Romeu Zema
Como noticiado à manhã de sexta-feira (27) pela Rádio Itatiaia, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (novo), falou sobre a alta dos combustíveis durante visita a uma escola em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte. “Se o combustível subiu na bomba, não foi devido a aumento (…). O problema no Brasil está ligado a termos somente uma empresa. Ninguém consegue comprar combustíveis de outro fornecedor do Brasil”, disparou Zema.
“Monopólio é um dos problemas, o aumento do dólar é outro. E, se alguém falar que na bomba subiu muito, na Petrobras subiu o mesmo percentual ou até mais. Então, o que está havendo, é um repasse”, concluiu.
Foto: Luiz Santana/ALMG