Home Brasil Conselho de secretários de saúde defende manutenção da obrigatoriedade do uso de máscaras no Brasil

Conselho de secretários de saúde defende manutenção da obrigatoriedade do uso de máscaras no Brasil Rio e SP estudam acabar com a exigência. Órgão ressalta que em outros países, afrouxamento de medidas de controle levou ao aumento de casos de coronavírus. Nota do Conass foi divulgada nesta sexta (8).

8 de outubro de 2021, 17h53 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por G1

O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgou uma nota nesta sexta-feira (8) na qual defende a manutenção da obrigatoriedade do uso de máscaras no Brasil.

No documento, o órgão ressalta que o afrouxamento de medidas de controle está diretamente relacionado ao aumento do número de casos de coronavírus, como ocorreu em outros países.

“É preciso que estejamos atentos às experiências frustrantes de alguns países que, acreditando ter superado os riscos, suspenderam a obrigatoriedade do uso de máscaras, afrouxaram as medidas de prevenção e, por isso mesmo, tiveram recrudescimento importante do número de casos e de óbitos, obrigando-os a retroceder”, diz a nota.

O alerta é feito após São Paulo e Rio de Janeiro anunciarem que estudam flexibilização da regra. Duque de Caxias chegou a publicar um decreto para abolir o uso em ambientes fechados ou abertos, mas a medida foi suspensa pela Justiça nesta sexta (8).

“Diante das notícias veiculadas recentemente pelos meios de comunicação acerca de iniciativas que pretendem relativizar o uso obrigatório de máscaras, que integra o rol de medidas não farmacológicas de proteção contra a Covid-19, sente-se no dever de apelar a todos os gestores do Sistema Único de Saúde para que mantenham seu uso de caráter obrigatório, nos moldes atuais, como estratégia indispensável ao sucesso de nossos esforços contra a pandemia”, diz o texto, assinado pelo presidente do Conass, Carlos Lula.

O Conselho ainda afirma que a vacinação da população, a testagem e o consequente monitoramento dos casos detectados e de seus contatos, somam-se ao uso de máscaras, à lavagem frequente das mãos e a utilização de álcool em gel são “medidas indispensáveis para a superação da pandemia”.

“O momento ainda exige cautela e prudência. Outros interesses que não os da proteção da população não podem se sobrepor à salvaguarda de nosso mais importante patrimônio: a vida e a saúde de todos os brasileiros.”

O que dizem CDC e outros órgãos?

A orientação do CDC (sigla em inglês pra Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA) para uso de máscaras, divulgadas em 13 de agosto, é para manutenção em locais fechados e a recomendação é para que elas também sejam usadas em ambientes externos em áreas com altos índices de transmissão e com reunião de grande número de pessoas.

No Brasil, a recomendação para o uso ainda está em vigor, apesar de o ministro Marcelo Queiroga dizer que é contrário à obrigatoriedade do uso de máscaras. Desde junho Queiroga recebeu o pedido de Bolsonaro para desobrigar o uso de máscara por vacinados.

Quando a medida foi anunciada, especialistas classificaram como uma temeridade. Cerca de um mês depois, o ministro disse que qualquer decisão seria tomada com “base na ciência” e ainda não houve decisão sobre o tema.

Foto: Cris Faga/Estadão Conteúdo

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