Por Estado de Minas
Após manifestação de ativistas, uma proposta de outorga da Medalha Major Eustáquio – maior honraria de Uberaba – ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e ao governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) foi retirada da lista de votação. O ato aconteceu na noite de segunda-feira (20/9), em frente à Câmara Municipal da cidade do Triângulo Mineiro, onde os vereadores estavam reunidos para sessão da semana.
O projeto de lei é de autoria dos vereadores Almir Silva e Eloisio Santos, sendo que Silva sugeriu o nome do governador de Minas, enquanto Santos trouxe a sugestão do nome do presidente do Brasil para receberem a Medalha Major Eutáquio.
Participaram do protesto integrantes dos movimentos populares Beth Pantera, Levante Popular da Juventude, Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro, além de simpatizantes desses movimentos.
Proposta não foi votada
Devido aos protestos, a pauta da sessão foi alterada horas antes do início dos trabalhos, retirando o projeto das homenagens ao presidente e ao governador de Minas da lista de votação.
A reportagem procurou o pastor Eloisio, mas não obteve retorno.
Segundo opinião do pastor da igreja evangélica Ministério Palavra da Reconciliação, José Claudino Pacheco Júnior, as homenagens aos dois políticos não têm relevância para Uberaba.
“Não é que sou contra eles, mas na minha opinião eles não viriam para cá receber esta homenagem. Há pautas muito mais relevantes para colocar em votação na cidade de Uberaba”, considerou o pastor Júnior.
Protesto contra falas de vereadores no fórum conservador
A manifestação em frente à CMU na noite desta segunda-feira também teve o objetivo de protestar contra o Fórum de Parlamentares Conservadores do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, que ocorreu na CMU, na última quinta-feira (16/9).
Segundo a drag queen Mellanye Devine, que faz parte do Movimento Coletivo pela Diversidade Beth Pantera, durante este evento foram feitos discursos de ódio. Vídeo que pode ser acessado AQUI mostra parte de alguns desses discursos classificados pelo movimento como criminosos.
“Nossas três frentes jurídicas orientaram que nós procedêssemos com a notificação de notícia crime”, disse Devine.
Foto: WhatsApp/Divulgação