Por Metrópoles
O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro negou, em nota publicada nesta quinta-feira (4/11), que condicionou a nomeação de Alexandre Ramagem na direção-geral da Polícia Federal (PF) à própria indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) prestou depoimento à Polícia Federal, na quarta-feira (3/11), no inquérito que apura suposta intervenção política na corporação. Durante a oitiva, o mandatário da República afirmou que, “ao indicar o DPF Ramagem ao ex-ministro Sergio Moro, este teria concordado com o presidente, desde que ocorresse após a indicação do ex-ministro da Justiça à vaga no Supremo Tribunal Federal”.
“Não troco princípios por cargos. Se assim fosse, teria ficado no governo como ministro. Aliás, nem os próprios ministros do governo ouvidos no inquérito confirmaram essa versão apresentada pelo presidente da República”, rebateu Moro.
O ex-juiz também afirmou considerar impróprio que o chefe do Executivo federal tenha sido ouvido sem que seus “advogados fossem avisados e pudessem fazer perguntas”, como registrou o colunista Igor Gadelha, do Metrópoles.
Foto: Hugo Barreto/Metrópoles