Por G1
Os trabalhadores dos ônibus e as empresas entraram em acordo parcial para o encerramento da greve do transporte coletivo em Belo Horizonte já nesta nesta sexta-feira (3).
O Sindicato das Empresas de Transporte Público de Belo Horizonte (SetraBH) e o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de BH (STTRBH) participaram de uma audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), intermediada pelo desembargador Fernando Luiz Gonçalves Rios Neto.
Os rodoviários aceitaram a proposta dos empregadores de reajuste de 9% no salário e no tíquete alimentação.
As partes não chegaram a um consenso sobre a duração do intervalo intrajornada e a concessão de tíquete nas férias, mas concordaram com o ajuizamento de dissídio coletivo sobre esses assuntos.
De acordo com o STTRBH, atualmente, o intervalo intrajornada é de 30 minutos a duas horas, o que aumenta o tempo que os profissionais têm que ficar à disposição das empresas. A entidade solicitou intervalo máximo de 30 minutos, mas o SetraBH não aceitou, alegando dificuldades operacionais.
A greve começou no dia 22 de novembro. No dia 23, o movimento foi suspenso para a negociação entre as partes. Como não houve acordo, a greve foi retomada nesta quinta-feira (2) e mantida nesta sexta-feira (3).
Em nota, o SetraBH afirmou que “os trabalhadores devem retornar às atividades imediatamente sob pena de serem aplicadas as punições previstas em lei”.
Greve nesta sexta-feira
Segundo a BHTrans, até as 5h da manhã, os quadros de ônibus estavam em branco e sem viagens programadas. Das 478 viagens previstas, apenas 74 foram atendidas, o que representa 15% do total.
Ainda de acordo com a BHTrans, a Estação Diamante estava fechada, sem previsão de abertura, e os usuários estavam na parte externa.
Greve impossibilita acordo com PBH
O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), declarou nesta quinta-feira (2) que não haveria “mesa nem diálogo” sobre reajuste de tarifas de ônibus enquanto houvesse greve na capital mineira.
A declaração foi dada durante um evento de lançamento do programa Inclusão Digital, da PBH.
“A Prefeitura de Belo Horizonte não se assenta nem para discutir aumento para o ano que vem, enquanto tiver greve, não há mesa, nem diálogo. Nem para aumento que está em contrato, nem [para] esse a prefeitura se assenta na mesa. Não tem discussão”, falou Kalil.
Foto: TV Globo