Por Metrópoles
Após anunciar nesta terça-feira (7/12) sua saída do PL como um “divórcio amigável” que garante sua permanência na vice-presidência da Câmara, Marcelo Ramos (AM) passou a ser o deputado federal “livre no mercado” mais cobiçado da Câmara dos Deputados.
O vice de Arthur Lira (PP-AL) no comando da Casa procura agora um partido para chamar de seu. Apesar de não ter revelado qual das siglas que lhe cortejam tem mais chances hoje, o parlamentar deu dicas do que procura em seu próximo casamento partidário.
A primeira coisa que Ramos disse foi que não faria sentido deixar uma legenda que é base do governo de Jair Bolsonaro, para se filiar a outro partido governista. Isso exclui PP e Republicanos, que, ao lado do PL, formam o tripé da candidatura de Bolsonaro à reeleição.
Outra característica ideal colocada por aliados de Ramos seria se manter em uma sigla que fez parte da base para eleição de Lira ao comando da Câmara. Assim, a vice-presidência não deixaria o conjunto de partidos vencedor na eleição para presidência da Câmara em 2021.
Com essas exigências, o PSD desponta como o destino mais provável de Ramos. É um partido de centro, que vota com o governo em questões econômicas, mas não faz parte da base, nem deve estar ao lado de Bolsonaro nas eleições de 2022.
Em entrevistas, o vice-presidente da Câmara, inclusive, tem ressaltado sua proximidade com o senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da extinta CPI da Covid, e as conversas sobre seu futuro político com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Durante seu anúncio, Ramos também ressaltou conversas com Luciano Bivar (PSL) e ACM Neto (DEM), que serão os principais caciques do União Brasil, outro partido que se encaixaria no que deseja o atual vice-presidente da Câmara. Ele esteve recentemente também com o presidente do Republicanos, deputado Marcos Pereira (SP), e com o presidente do Solidariedade, deputado Paulinho da Força (SP).
Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles