Por Metrópoles
O presidente Jair Bolsonaro (PL) revelou, nesta quarta-feira (8/12), que já conversa com “um nome” em torno da vaga de vice-presidente na sua chapa para as eleições de 2022. Em entrevista ao jornal Gazeta do Povo, ele falou: “Olha, o ideal, para se pensar em votos, além da competência, obviamente, [é ser] um nordestino ou um mineiro”.
Mesmo que sempre diga que ainda não definiu se disputará a reeleição, Bolsonaro afirmou que o nome do seu vice, que tomará o lugar de Hamilton Mourão na chapa, deverá ser anunciado em março do ano que vem.
“Vai acontecer em março aí, talvez, um pouco depois aí, a gente anuncia o nome dele. Um nome que agregue, que dê respeitabilidade à nossa chapa”, disse, na entrevista, acrescentando, no entanto, que não existe nada acertado ainda.
“Já estou conversando com um possível vice aí, tá certo? Porque não pode ser um casamento de última hora. E esse nome fará bem para mim, para o governo, para o Brasil. Tem que ser um nome respeitado. Não é só porque é nordestino, só porque é mineiro, só porque é paulista, só porque é gaúcho. Não. Tem que ter algo mais. O ideal é que somasse também por aí”, ressaltou.
Bambambã
Bolsonaro também reclamou de rumores que circulam em torno de nomes para a vaga de vice. Segundo ele, “já tem dois nomes riscados“. “Começou a circular nome na imprensa, eu já falei: ‘Ó, o nome que circular já está riscado’. Alguns ministros ou gente deles, da assessoria, quer se cacifar para ser o bambambã. Já está cortado”.
Em mais uma indireta a Mourão, Bolsonaro destacou que seu vice não pode “atrapalhar”. “A gente não está pensando em ter uma chapa para ganhar a eleição e depois não poder governar. Isso é horrível, isso é péssimo. Ter um vice que te atrapalhe. Isso é horrível. Então o vice que estamos trabalhando aí pode ser um general de quartel também, pode ser”.
Pesquisas fraudadas
Na mesma entrevista, Bolsonaro criticou as recentes pesquisas eleitorais que o colocam com altíssimo nível de rejeição. “Está na cara que as pesquisas são fraudadas. Qualquer lugar que eu desço [..], o povo gosta da gente e não é porque está vendo o presidente. A gente vê pela forma de conversar conosco. O que eu transmito pra ele é segurança, confiança, verdade acima de tudo, mostrar as dificuldades que vivemos”.
O presidente voltou a assegurar que não tem “obsessão pela reeleição”. “Se eu vier candidato é lógico que eu me preparo para tudo, não vou deixar de me empenhar, mas não vai ser o fim do mundo. Espero que não seja, né, porque de acordo com quem vier para o meu lugar, pode ser o fim do Brasil”.
Foto:Rafaela Felicciano/Metrópoles