Por Metrópoles
São Paulo – Após o ataque hacker ao ContecteSUS, sistema do Ministério da Saúde que guarda informações sobre vacinas dos brasileiros, a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo informou que não houve impacto nos registros do estado. No entanto, afirmou que suspendeu temporariamente o envio de dados ao governo federal, até que a pasta restabeleça seu sistema.
Em São Paulo, os registros de vacinação estão guardados na plataforma VaciVida, criada em 2020, na qual os municípios do estado informam sobre a imunização de sua população. Já os cidadãos podem verificar as informações sobre a vacina da Covid-19 pelo aplicativo do Poupatempo Digital.
“A plataforma estadual está funcionando normalmente e prevê a submissão rotineira e integralmente ao banco de dados federal. Prezando pela segurança da informação, o envio de dados está temporária e excepcionalmente suspenso até que o Ministério da Saúde restabeleça seu sistema”, afirma a secretaria em nota.
O app do Poupatempo traz informações sobre a vacina contra a Covid-19 e pode ser apresentado em locais que exigem o “passaporte da vacina”, como grandes eventos. O aplicativo informa sobre quantas doses a pessoa tomou e quando vai tomar a próxima, a data da vacinação, o profissional vacinador, nome e registro do local, fabricante e o número do lote da vacina aplicada.
Por conta do ataque hacker, o governo adiou, em sete dias, a exigência de quarentena e prova vacinal para turistas estrangeiros que chegam ao Brasil. As novas regras começariam a valer neste sábado (11/12), mas foram proteladas.
O ataque hacker aos sistemas do Ministério da Saúde, que começou na madrugada desta sexta-feira (10/12), teria “sequestrado” cerca de 50 terabytes de dados relacionados a pasta. O Lapsus$ Group assumiu a autoria, de acordo com a mensagem deixada no site durante a madrugada.
Na página do Ministério da Saúde, invasores deixaram o seguinte texto: “Os dados internos dos sistemas foram copiados e excluídos. 50 TB de dados estão em nossas mãos. Nos contate caso queiram o retorno dos dados”.
Foto: Fábio Vieira/Metrópoles