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Em mensagem anual de paz, papa pede gastos com educação, não com armas Francisco pediu o desarmamento, a proibição de armas nucleares e o desvio de fundos militares para a distribuição justa de vacinas

21 de dezembro de 2021, 17h59 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por Metrópoles

Nesta terça-feira (21/12), em sua mensagem anual de paz, o papa Francisco afirmou que as nações deveriam redirecionar o dinheiro gasto em armamentos para investir em educação, condenando os crescentes custos militares em detrimento dos serviços sociais.

Em seu discurso elaborado para o Dia Mundial da Paz da Igreja Católica Romana, celebrado no dia 1º de janeiro, Francisco também destacou a necessidade de ajudar os mais pobres, proteger o meio ambiente e pediu um melhor equilíbrio entre uma economia de mercado livre.

O papa dedicou boa parte da mensagem de quatro páginas à educação, enfatizando que houve uma “redução significativa” nos investimentos com educação em todo o mundo, enquanto os gastos militares aumentaram mais que os níveis do final da Guerra Fria e “parecem crescer exorbitantemente”.

“A busca por um processo genuíno de desarmamento internacional só pode ser benéfica para o desenvolvimento dos povos e nações, liberando recursos financeiros mais bem usados ​​para saúde, escolas, infraestrutura, cuidado da terra e assim por diante”, disse ele no recado, enviado a organismos internacionais e chefes de Estado.

“É chegada a hora, então, de os governos desenvolverem políticas econômicas destinadas a inverter a proporção dos recursos públicos gastos em educação e em armamentos”, continuou.

Investir em vacinas

Além de pedir o desarmamento, Francisco solicitou a proibição de armas nucleares e afirmou que os fundos militares também deveriam ser desviados para a distribuição justa e igualitária de vacinas contra a Covid-19 e pesquisas para prevenir futuras pandemias.

“Apesar dos inúmeros esforços voltados para um diálogo construtivo entre as nações, o barulho ensurdecedor da guerra e do conflito está se intensificando”, disse na mensagem.

“Enquanto as doenças de proporções pandêmicas estão se espalhando, os efeitos da mudança climática e da degradação ambiental estão piorando, a tragédia da fome e da sede está aumentando”, concluiu.

Foto: Getty Images/ Franco Origlia

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